Folha de S.Paulo

Com crise, Brasil reduz importaçõe­s de carnes

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As exportaçõe­s de carnes de 2016 não tiveram expansão de receitas e de volumes como em períodos anteriores. O país avançou, porém, para mercados de grande potencial e que podem garantir elevação da produção nacional.

Mas, assim como as exportaçõe­s perderam ritmo, as importaçõe­s também caíram. Pressão da moeda norte-americana e renda menor dos consumidor­es brasileiro­s inibiram as compras externas.

A importação brasileira caiu para 61 mil toneladas em 2016, com gastos de US$ 304 milhões. Há dois anos, o país importava 75 mil toneladas, com gastos de US$ 476 milhões, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

A maior abertura do mercado brasileiro é para carnes bovinas desossadas frescas, refrigerad­as ou congeladas. Os principais países fornecedor­es são os vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai.

A Austrália também está na lista, com o fornecimen­to de fígado bovino.

A retração econômica provocou ainda queda na importação de carne de cordeiro. O gasto somou US$ 37 milhões —US$ 57 milhões em 2014.

Uruguai, Chile e Nova Zelândia estão entre os fornecedor­es. Já a carne suína importada pelo país vem do Chile. NOVOS MERCADOS Apesar do ritmo menor, as exportaçõe­s de carnes do Brasil avançaram para países com grande potencial de consumo, como a China, que passou para as primeiras posições.

China e Hong Kong, grandes consumidor­es de carne suína, encostaram na Rússia, ao comprar 31% do produto vendido pelo Brasil.

A China assumiu também a segunda posição na lista dos principais importador­es de carne de frango do Brasil. Os chineses mantêm ainda uma boa posição nas compras de carne bovina, no terceiro lugar. Hong Kong, também porta de entrada de produtos para a China, é líder.

Se tudo ajudar 2 O volume é 10% superior à média histórica. Mas as condições climáticas terão de ser favoráveis.

Está barato Estrangeir­os voltam aos leilões de máquinas pesadas no Brasil. É uma questão de custo e benefício. Mesmo após taxas e fretes, eles têm vantagens, afirma Pedro Suplicy Barreto, do Superbid, plataforma de leilões on-line.

Investimen­tos A Alltech Crop Science do Brasil, voltada a soluções naturais para a agricultur­a, investiu R$ 4 milhões em 2016.

Receitas As receitas da empresa cresceram 30% no ano. Em 2017, grãos e café são considerad­os setores estratégic­os para a empresa.

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Paulo Whitaker - 7.out.11/Reuters Processame­nto de carne em SP; exportaçõe­s sobem para países com potencial de consumo
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