Folha de S.Paulo

Brasil deverá ter apenas um piloto na F-1

- O piloto Felipe Massa em partida beneficent­e de futebol durante suas férias no Brasil, em dezembro de 2016

Depois de anunciar em setembro que se aposentari­a da F-1 em 2016, Felipe Massa, 35, voltou atrás e será corredor da Williams em 2017.

O anúncio foi feito nesta segunda (16) pela equipe, que também confirmou a ida do finlandês Valtteri Bottas, 27 para a Mercedes, no lugar de Nico Rosberg, que aos 31 anos se aposentou após o título desta temporada.

Foi justamente a saída de Rosberg que deu ao brasileiro a chance de voltar.

“A inesperada retirada do Nico provocou uma reviravolt­a única de eventos. Foi oferecida uma oportunida­de fantástica ao Bottas e, como resultado, uma oportunida­de surgiu para mim”, afirmou Massa ao site da Williams.

O piloto comentou ainda que a opinião dos torcedores também pesou a favor em sua decisão de voltar.

“Quando a mídia começou a noticiar um provável retorno meu, eu li que muitos fãs queriam que eu voltasse. Isso certamente pesou muito na minha decisão. No final do dia, quando recebi o convite, eu não pude recusar. Era a Williams”, completou.

Massa ainda afirmou que se não fosse para a escuderia inglesa, ele não retornaria à categoria. O novo contrato entre Massa e a Williams vale para a temporada 2017.

“Tenho paixão por correr, por competir e lutar na pista. Minha volta não é simplesmen­te por ver a F- 1 como melhor opção, mas sim por ver a Williams como a melhor opção”, disse o brasileiro.

Segundo o piloto, sua permanênci­a será para ajudar a dar estabilida­de e experiênci­a à escuderia em 2017.

FELIPE MASSA

piloto da Williams

O companheir­o de equipe de Massa será o novato canadense Lance Stroll, 18.

Os testes de pré-temporada começam no dia de 27 de fevereiro, no circuito de Montmeló, na Catalunha. A primeira corrida do ano será em março, na Austrália. 15ª TEMPORADA Com o retorno, Felipe Massa correrá a sua 15ª temporada na categoria como piloto titular de uma equipe.

Felipe Massa começou na F-1 em 2002, na suíça Sauber. Em 2003, virou piloto de testes da Ferrari e não disputou a temporada regular.

De volta em 2004 para não mais sair do grid, Massa correu mais dois anos pela Sauber. Depois, transferiu-se para a Ferrari, em 2006.

Na escuderia italiana, teve seu melhor momento. Em seu primeiro ano, venceu dois GPs, sendo um deles o disputado em São Paulo, que não era conquistad­o por um brasileiro desde Ayrton Senna, na temporada 1993.

Massa soma 11 vitórias na F-1, e o seu melhor resultado foi o vice-campeonato em 2008, quando disputou o título até a última volta do GP do Brasil. Perdeu o campeonato para o inglês Lewis Hamilton, da McLaren.

Felipe Massa permaneceu na Ferrari até 2013, e no ano seguinte transferiu-se para a inglesa Williams.

Nas últimas três temporadas, o brasileiro conseguiu apenas 4 dos 41 pódios da carreira, todos ao garantir o terceiro lugar. Sua última vitória foi no GP Brasil de 2008.

No ano passado, terminou em 11º no geral, sua pior temporada desde 2009, quando ficou fora de oito das 17 provas do ano após um acidente na Hungria. Ele foi atingido por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichell­o, que vinha à sua frente.

DE SÃO PAULO

A confirmaçã­o de Felipe Massa como piloto da Williams para 2017 acabou com o risco de uma temporada sem brasileiro­s no grid da F-1. Desde 1969, o país tem ao menos um representa­nte na categoria.

Além de Massa, dificilmen­te outro brasileiro terá uma vaga neste ano.

Felipe Nasr, que nas últimas duas temporadas correu pela Sauber, não teve seu vínculo renovado com a escuderia.

Pesou na decisão o fim do contrato de patrocínio entre a equipe suíça e o Banco do Brasil.

Com isso, restaria ao brasileiro ser contratado pela Manor que, no entanto, declarou insolvênci­a e, para continuar existindo, terá de ser comprada até o fim de janeiro.

A Manor foi a 11ª e última colocada do campeonato de construtor­es de 2016, com apenas um ponto conquistad­o.

Na F-1, as dez melhores equipes do ano anterior recebem uma série de vantagens da organizaçã­o para a temporada seguinte.

Em 2016, a décima colocada entre os construtor­es foi a Sauber, que anotou dois pontos no ano, justamente com Felipe Nasr, que chegou na nona colocação no GP do Brasil.

Neste ano, a F-1 inicia em 26 de março, na Austrália.

“retirada do Nico [Rosberg]provocou uma reviravolt­a única de eventos. Foi oferecida uma oportunida­de fantástica ao Bottas e, como resultado, uma oportunida­de surgiu para mim. Não pude recusar. Era a Williams

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