Folha de S.Paulo

Com Sturm no cargo, o museu deu um salto de público.

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Em 2009, antes de Sturm assumir a direção, o MIS recebia 40 mil visitantes ao ano. Vieram as exposições superpopul­ares, como “Castelo RáTim-Bum” (que sozinha atraiu mais de 400 mil pessoas), a do cineasta Stanley Kubrick e a do cantor e compositor David Bowie. Em 2016, o museu recebeu 446.499 visitantes, segundo divulga.

O desafio que Castro tem adiante é basicament­e imprimir uma marca pessoal sem deixar a peteca cair.

Em entrevista à Folha ,a nova diretora do museu afirma que dará sequência à programaçã­o fixa elaborada por seu antecessor.

Além das grandes mostras, essa programaçã­o contempla projetos como o Nova Fotografia —voltado para fotógrafos jovens e menos conhecidos— e o Dança no MIS, cuja curadoria, de Natalia Mallo, abarca o conceito de site-specific, com obras criadas exclusivam­ente para serem executadas naquele espaço.

“Estou há pouco tempo, com Jacques Kann [diretor financeiro e administra­tivo do museu desde 2011], efetivamen­te na gestão do MIS, porém considero essencial a manutenção da programaçã­o plural e dinâmica que sustenta a vocação do museu em abranger um público diversific­ado”, diz Castro.

Talvez a marca de Castro se torne mais evidente a partir de 2018, uma vez que Sturm deixou a programaçã­o deste ano já montada.

Entre as grandes exposições do museu, estão marcadas, para junho, uma mostra sobre Steve Jobs (1955-2011), cofundador da Apple, cuja trajetória se confunde com a evolução da tecnologia.

Para agosto, é a vez de Renato Russo (1960-1996), o líder da banda Legião Urbana, ser relembrado pela casa, com objetos pessoais e mais de 50 diários manuscrito­s “nunca exibidos ao público”, conforme o museu divulga. CELEIRO Castro viveu a época em que o MIS se tornou “celeiro” de artistas e cineastas.

Entre os filmes produzidos por ela que já passaram pelo museu estão “Tem Coca-Cola no Vatapá”, de Pedro Farkas e Rogério Correa (1976) e “Janela da Alma”, de João Jardim e Walter Carvalho (2001).

Ela também tem experiênci­a como diretora: ao lado de Augusto Sevá realizou “A Caminho das Índias”, documentár­io de 1979 sobre a descoberta de Trancoso, distrito de Porto Seguro (BA) por turistas e forasteiro­s.

Além de trabalhos no cinema, a nova diretora do MIS reúne experiênci­as na gestão pública, junto à pasta da Cultura no Estado.

De 2007 a 2013, foi diretora-executiva da Associação Paulista dos Amigos da Arte, organizaçã­o social responsáve­l por gerir teatros estaduais, a Orquestra de Ópera do Theatro São Pedro, e a Jazz Sinfônica e Banda Sinfônica do Estado. Ela também produziu edições da Virada Cultural Paulista, entre outros programas públicos do governo.

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Keiny Andrade/Folhapress A nova diretora do Museu da Imagem e do Som, Isa Castro, no auditório da instituiçã­o

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