Folha de S.Paulo

Mos do acordo se transforma­ram em uma lei complement­ar que foi enviada ao Congresso Nacional.

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O acordo de alívio financeiro entre União e Rio de Janeiro, que prevê que o rombo de R$ 19,3 bilhões do Estado em 2017 seja coberto, pode sair por meio de uma decisão liminar do STF (Supremo Tribunal Federal), em vez de simplesmen­te ser homologado no tribunal.

A decisão será da ministra Cármen Lúcia, presidente do tribunal.

Uma possibilid­ade é que Lúcia valide o documento no Supremo e a partir daí os termos do acordo passariam a ter efeitos imediatos.

A segunda opção é que o STF conceda uma liminar condiciona­ndo o previsto no acordo à aprovação de uma lei pelo Congresso, a exemplo do que ocorreu em julho de 2016, quando houve a negociação para reestrutur­ação da dívida dos Estados.

Na época, a maioria dos ministros do tribunal decidiu acolher um pedido da União e concedeu decisão liminar que incorporou os termos de um acordo entre Ministério da Fazenda e governador­es, que previa o parcelamen­to em 24 meses de valores devidos pelos entes da Federação.

A decisão foi aplicada a todas as liminares sobre o tema concedidas até então, e os ter- ACORDO Entre suspensão de pagamento de dívidas com a União, cortes de despesas e geração de receitas, o acordo que está sendo costurado entre o Ministério da Fazenda e o Rio de Janeiro prevê aproximada­mente R$ 20 bilhões em alívio para o Estado.

Ou seja, o suficiente para que o Rio cubra o rombo previsto em seu Orçamento neste ano.

Um dos pontos em discussão é a antecipaçã­o da receita a que o Estado tem direito com a repartição dos royalties cobrados pelo governo na exploração de petróleo.

Além disso, entrariam recursos com a privatizaç­ão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), montante que seria entregue à União como garantia em troca do aval do Tesouro para uma nova operação de crédito para o Estado.

Com os cortes de despesas previstos no acordo, o Rio de Janeiro deixaria de gastar cerca de R$ 7 bilhões neste ano. Está previsto ainda o aumento de 11% para 14% da contribuiç­ão previdenci­ária dos funcionári­os públicos, com uma alíquota temporária extra de 6% para os inativos e 8% para os ativos.

Com a morte do ministro do STF (Supremo Tribuntal Federal) Teori Zavascki, o acordo deve ser fechado na quinta (26) da semana que vem, e não nesta segunda (23), como era previsto.

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Pedro Ladeira - 7.dez.16/Folhapress A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia; morte de Teori adia anúncio de acordo sobre dívida do Rio LABORATÓRI­OS

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