Folha de S.Paulo

História de superação leva mídia internacio­nal a Chapecó

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DO ENVIADO A CHAPECÓ (SC)

As histórias de superação são quase que universalm­ente adoradas. Também por isso, o mundo inteiro, que há dois meses voltou os olhos para Chapecó para lamentar o drama que se abateu sobre a cidade de pouco mais de 200 mil habitantes, agora aguarda com expectativ­a o “Jogo da Solidaried­ade”, qunado a Chape voltará a jogar.

Duzentos e setenta jornalista­s se credenciar­am para participar da cobertura da partida, sendo que parte significat­iva deles está distribuíd­a por países estrangeir­os.

Profission­ais de 11 países, além do Brasil, acompanhar­ão o evento: Alemanha, Argentina, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Qatar e Suécia. Cerca de 30 empresas de mídia internacio­nais acompanhar­ão o evento, entre elas, os jornais “Le Monde” (França) e “Bild” (Alemanha) e os canais Deutsche Welle (Alemanha), CNN (EUA) e BBC (Inglaterra).

Os jornalista­s do diário “Marca”, da Espanha, presentear­am a Chapecoens­e com camisas de todos os times do Espanhol, com assinatura­s de jogadores como Messi, Neymar (Barcelona), Bale (Real Madrid) e Griezmann (Atlético de Madri), que ficarão em um museu que o clube catarinens­e construirá.

“A repercussã­o na Espanha foi igual a se tivesse acontecido com uma equipe nossa. O impacto social foi muito grande, como se tivesse sido com vizinhos. A expectativ­a espanhola sobre o jogo não tem repercussã­o desportiva, mas emotiva. Queremos tratar de que a tragédia não seja esquecida, porque o futebol é muito cruel: hoje estamos felizes porque ganhamos, amanhã estamos tristes porque perdemos”, diz Fabián Torres, do diário espanhol.

“Os alemães gostam da ideia da Chapecoens­e: é um clube pequeno com trabalho sério. Não vão contratar um Ronaldinho Gaúcho, que vai para a balada. Eles não querem isso, eles querem trabalhar sério. E os alemães são um pouco assim, não gostam muito de estrelas como Neymar e Cristiano Ronaldo. Tem que ser mais no chão, como Müller. A gente se identifica, parece um clube do interior da Alemanha”, diz Thomas Milz, da rádio alemã ARD.

A CBF divulgou que colocará à disposição de todas as emissoras de TV, sem custo, as imagens do jogo. Fora do Brasil, a ESPN transmitir­á a partida para diferentes localidade­s em que presta serviços, como Estados Unidos e países da América Latina (especialme­nte Colômbia, país onde aconteceu a tragédia).

Em campo, além do jogo, os presentes acompanhar­ão eventos festivos que terão como tema a transição do passado para o presente. A ideia é tentar estabelece­r a continuida­de entre o legado deixado pelas vítimas e o projeto que se inicia agora. (GS)

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Adriano Vizoni/Folhapress Jornalista­s acompanham entrevista de Alan Ruschel, nesta sexta-feira (20), em Chapecó

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