Transparência na gestão reduz ‘quem indica’
DE SÃO PAULO
Se antes os gestores permaneciam no mesmo cargo por muitos anos, tomando decisões a portas fechadas, hoje as escolhas são mais baseadas em resultados, e não em preferências pessoais.
Para a psicóloga Verônica Souza, 35, mudanças na estrutura organizacional ajudaram a diminuir a politicagem, mais comum no início de sua carreira, há dez anos.
“Alguns gestores mais velhos agiam como se a relação com eles fosse mais importante do que o trabalho”, afirma.
O diretor de recursos humanos da SAP, Marcelo Carvalho, aponta que, hoje, as equipes devem ser mais diversas. “Não há espaço para um ‘clubinho do gestor’, onde todos são iguais a ele”, diz.
Mudanças como as determinaçõesdeRHemcolegiados, em que o gestor não decide sozinho sobre uma promoção, ajudam a minimizar o impacto da politicagem, segundo Josué Bressane, sócio da recrutadora Falconi Gente.
“Diluir o poder de decisão controla escolhas baseadas em critérios subjetivos”, diz a doutora em administração Liliana Vasconcellos.
O engenheiro Luis Figaro, 35, teve problemas com antigos gestores e diz ter aprendido com isso. “Dou crédito a todos publicamente para que a equipe saiba que pode confiar em mim”, afirma.