Festas de casamento dão fôlego a hotéis
Casas do litoral brasileiro apostam nas cerimônias para garantir faturamento mesmo durante a baixa temporada
Especialista recomenda cuidado extra para escolher fornecedores e aplicação de multas contra cancelamentos FOLHA
As festas de casamento viraram queridinhas de hotéis e agências de turismo. Assessorar e abrigar a cerimônia virou uma das melhores saídas para garantir o faturamento.
Além da disposição dos noivos e de seus familiares para gastar numa cerimônia dos sonhos, outra vantagem do nicho é que cancelamentos costumam ser raros.
“Um cliente normal faz a reserva, verifica a previsão do tempo e, se vê que vai chover, cancela. Já no caso do casamento, a reserva é praticamente garantida. Com um ano de antecedência, tenho o hotel fechado de sexta a domingo”, afirma Elena Canestrelli, proprietária do Hotel Real Villa Bella, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo.
Mesmo assim, é preciso tomar alguns cuidados. “Em um momento de crise, talvez família, padrinhos e amigos próximos não cancelem uma reserva, mas outros convida- dos, sim”, afirma Renê Fernandes, professor da Fundação Getulio Vargas.
Para evitar o problema, ele recomenda a aplicação de multas por cancelamentos. “O estabelecimento está deixando de vender aqueles dias para outros turistas”, diz Fernandes.
Em Ilhabela, são os cerca de50casamentosporanoque garantem que o hotel de Canestrelli permaneça no azul. “Do jeito que a coisa está hoje em dia, é com os casamentos que a gente se garante.”
Ela também é dona do Pier 151, um espaço para cerimônias com capacidade para 200 pessoas de frente para o mar e faturamento anual