Patrimônio é ‘oceano não mapeado’, diz procurador
O procurador Leonardo Cardoso de Freitas, que coordena as apurações da Operação Lava Jato no Rio, afirmou que as investigações ainda não localizaram todos os bens acumulados pelos acusados de participar do grupo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
“O patrimônio da organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral é um oceano ainda não completamente mapeado”, disse Freitas, durante entrevista.
Segundo as investigações, a quadrilha acumulou US$ 100 milhões em contas no exterior. Os delatores Renato e Marcelo Chebar afirmam que os operadores de Cabral ganhavam um “bônus” pela participação no esquema.
O ex-secretário Wilson Carlos tinha uma cota de US$ 15 milhões dentre o montante acumulado. Já para o ex-assessor Carlos Miranda eram US$ 7 milhões.
No cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão, foram recolhidos pela Polícia Federal 18 carros, entre eles um Lamborghini, obras de arte, relógios, joias e aproximadamente R$ 100 mil.
Na primeira fase da operação a Procuradoria descobriu que membros da quadrilha descrita adquiriram ao me- nos R$ 6,6 milhões em joias.
O Lamborghini era usado como item de decoração na casa de Eike Batista, no Rio. Outro carro levado pelos policiais foi o Porsche Cayenne do empresário. Essa não é a primeira vez que veículos de Eike são apreendidos. Em 2015, seis deles foram retidos, entre eles o mesmo Lamborghini e o mesmo Porsche. Naquele ano, o empresário sofreu um bloqueio de bens para pagar indenizações.