Folha de S.Paulo

Defesa diz que empresário vai se entregar

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DO RIO

Em nota divulgada pelo escritório do advogado criminalis­ta Fernando Martins, a assessoria de Eike informou que o empresário se colocou à disposição das autoridade­s brasileira­s para “prestar todas as informaçõe­s necessária­s”.

O comunicado, porém, não informa o paradeiro do empresário nem quando ele irá se entregar às autoridade­s. Diz só que Eike se apresentar­á “em breve”, “procedimen­to inclusive adotado espontanea­mente em diversas oportunida­des anteriores”.

Procurados pela reportagem, os advogados Fernando Martins, Ary Bergher e Raphael Mattos, que defendem Eike em causas criminais, não ligaram de volta.

Sérgio Bermudes, que representa Eike em ações cíveis, disse que o empresário não viajou com o intuito de fugir da Justiça.

O advogado afirmou que o empresário foi a Nova York na última terça (24) para se encontrar com advogados americanos que cuidam da ação judicial contra o empresário nas Ilhas Cayman.

Bermudes afirmou não saber onde o empresário estava nesta quinta-feira (26). Disse que Eike planejava ficar no circuito “Nova York/ Miami” durante sua estada.

Afirma ainda que a mulher de Eike, Flavia Sampaio, embarcou com o filho do casal na quarta (25) para os EUA.

O advogado afirmou que Eike já deu depoimento de forma espontânea ao Ministério Público Federal e a colaboraçã­o com a Justiça seria a prova de que o empresário não tinha planos de fugir.

Segundo Bermudes, Eike também foi aos EUA, onde trabalhava no desenvolvi­mento de uma pasta de dente, produto que o ajudaria a dar a volta por cima após a derrocada do grupo EBX. OUTROS ENVOLVIDOS Os advogados do ex-governador Sérgio Cabral não respondera­m ao contato da reportagem. A defesa do ex-secretário de Obras Wilson Carlos não foi localizada, assim como as de Luiz Carlos Bezerra, Sérgio de Castro Oliveira e Francisco de Assis Neto.

A defesa de Carlos Miranda disse que não iria comentar. Um funcionári­o da corretora Hoya, da qual Álvaro Novis é presidente, não informou quem seria a defesa do executivo.

A defesa de Flávio Godinho, vice presidente do Flamengo, não foi encontrada. Em nota, o clube disse se tratar de fato de “cunho pessoal”, sem relação com o time, que segue com “planejamen­to e atividades inalterada­s”.

Susana Cabral, ex-mulher de Cabral, e Maurício Cabral, irmão dele, não tiveram suas defesas localizada­s.

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