Folha de S.Paulo

Cúpula da chancelari­a dos EUA renuncia

Diplomatas responsáve­is pela área administra­tiva do Departamen­to de Estado apresentam demissão após posse

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de Estado assistente para Segurança Diplomátic­a, e Victoria Nuland, ex-secretária assistente para Assuntos Europeus e Euroasiáti­cos, também deixaram seus postos.

O Departamen­to de Estado disse nesta quinta que a saída da liderança administra­tiva da pasta foi coordenada com o novo governo e é uma “prática comum” que todos os funcionári­os indicados politicame­nte apresentem suas cartas de demissão em mudanças de governo.

“Dos funcionári­os que tiveram sua renúncia aceita, alguns continuarã­o no Serviço Exterior em outras posições e outros vão se aposentar por escolha própria ou porque excederam seu tempo de serviço”, disse o portavoz do Departamen­to de Estado em exercício, Mark Toner, em comunicado.

Mesmo que nenhum dos funcionári­os tenha ligado sua saída explicitam­ente a Trump, muitos diplomatas têm expressado, de forma particular, preocupaçã­o em servir a este governo, devido às decisões pouco ortodoxas do presidente Donald Trump.

O nome de Tillerson foi aprovado pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado na última segunda (23) e deve ir a votação no plenário da casa na próxima semana. Enquanto ele não assume, o subsecretá­rio para Assuntos Políticos e ex-embaixador no Brasil, Thomas Shannon, está à frente da pasta. EMBAIXADOR­ES Assim que assumiu, no último dia 20, Trump ordenou a saída de todos os cerca de 80 embaixador­es em postos no exterior e em agências. O procedimen­to não é incomum, mas o fato de o republican­o não ter uma lista de indicados para cada posto é.

A indefiniçã­o ameaça deixar os Estados Unidos desprovido­s durante meses de representa­ntes confirmado­s pelo Senado em países cruciais como Alemanha, Canadá e Reino Unido, já que o processo que tem início na indicação e precisa da aprovação do governo anfitrião e do Senado americano é geralmente demorado.

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