Espetáculo reúne peças curtas sobre atração
Três textos inéditos de Leo Chacra serão apresentados em sequência a partir de amanhã
Leo Chacra não os chama de esquetes ou cenas. São espetáculos inteiros, apesar de curtos, os três textos do dramaturgo e diretor que integram o projeto “Atração”. “Sempre tive em mente que seriam peças, porque têm começo, meio e fim”, diz ele.
Os textos até então inéditos, que somam pouco mais de uma hora, serão apresentados em sequência a partir deste sábado (28). Em comum, além da forma diminuta, o tema (a “atração” do título) e uma interpretação naturalista, focada na dramaturgia.
Em “Priscila”, André (Acauã Sol) se apaixona pela personagem-título (Livia Prestes), mas ele é noivo da irmã dela. “Esconderijo” se passa durante a ditadura militar no país, quando Juliana (Káthia Calill) busca abrigo na casa de uma professora (Patrícia Rizzo), e elas descobrem ter um amor em comum.
Já em “Atração”, que dá nome ao projeto, uma advogada (Fernanda Gonçalves) se apaixona pelo cliente (Marcelo Selingardi), suspeito de matar a namorada (Luisa Furtado).
As histórias transitam pela atração dos personagens, mas não buscam um desfecho romântico. Tangem a expectativa, as decepções e os conflitos dos relacionamentos.
Não têm exatamente relação entre si, mas, para Chacra, “uma peça influencia o que o espectador vai sentir em outra”. Algo como o que acontece nas tramas de “Relatos Selvagens” (2014), filme do argentino Damián Szifron.