Defesa diz temer pela integridade física de preso
Onde está Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, graduado em jornalismo
DO RIO
A defesa de Eike Batista enviou petição à Justiça Federal em que manifesta preocupação com a integridade física do empresário caso ele seja colocado em cela comum.
Em documento protocolado sexta (27) na Justiça Federal, os advogados pedem que a prisão seja revogada.
Caso o pedido não seja aceito, pleiteiam que Eike vá para prisão domiciliar ou para a Superintendência da Polícia Federal no Rio e, com isso, seja segregado do convívio com presos comuns, embora o empresário não tenha curso superior completo e, por isso, não tenha direito à cela especial.
Uma ação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contestando a prisão especial para presos provisórios com diploma de curso superior chegou a entrar na pauta do Supremo no ano passado, mas ainda não há previsão para ser apreciada.
A defesa pede que Eike não seja posto junto à “grande massa carcerária”. “Seu encarceramento deste modo, em estabelecimento penal em conjunto com diversas pessoas com conhecimento de sua então vida social e financeira, coloca sua integridade física em risco e torna iminente a ameaça à sua vida”, afirma a defesa.
Eike deu entrada nesta segunda no presídio de Ary Franco, zona norte do Rio. A cadeia funciona como unidade de triagem do sistema. O empresário foi transferido para Bangu 9.
Havia a preocupação da defesa com a permanência em Ary Franco. Construído nos anos 1970, a unidade é conhecida pelas péssimas condições sanitárias e superlotação. Bangu 9 é uma das mais novas alas do sistema prisional do Rio.