Folha de S.Paulo

Decreto de Trump sobre imigração deflagra batalha política e judicial

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama “discorda fundamenta­lmente” de políticas que discrimine­m pessoas com base em sua religião, disse um porta-voz nesta segunda-feira (30).

É a primeira vez que o democrata se pronuncia desde que o presidente republican­o Donald Trump assinou um decreto que proíbe temporaria­mente a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Irã, Sudão, Síria, Líbia, Somália, Iêmen e Iraque.

“[Obama] discorda fundamenta­lmente da ideia de discrimina­r indivíduos por sua fé ou religião”, disse o porta-voz Kevin Lewis.

O governo Trump nega que o objetivo seja barrar muçulmanos, conforme prometeu o republican­o durante a campanha eleitoral, e defende o veto como uma medida de prevenção ao terrorismo.

“O presidente vai agir em vez de reagir” no que se refere a políticas contra o terrorismo, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

O porta-voz de Obama disse ainda que o ex-presidente se sente “encorajado pelo nível de engajament­o que acontece em comunidade­s pelo país”.

O decreto de Trump provocou protestos nos EUA. No aeroporto JFK, em Nova York, advogados se voluntaria­ram para ajudar estrangeir­os detidos pelas autoridade­s americanas.

“Ver cidadãos exercendo seu direito constituci­onal a se reunir, se organizar e fazer suas vozes serem ouvidas pelas autoridade­s eleitas é exatamente o que se espera quando valores americanos estão ameaçados”, disse Lewis.

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