Casa Branca acusa democratas de obstruir gabinete
Depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar decreto que barra a entrada de refugiados nos Estados Unidos e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irã, Iraque, Iêmen, Líbia, Sudão, Somália e Síria), diversas empresas norte-americanas, principalmente do setor de tecnologia, reagiram com críticas públicas ao governo.
Executivos também enviaram comunicados a seus funcionários sobre o tema da imigração e da diversidade.
O presidente da rede de cafés Starbucks, Howard Schultz, disse que contratará 10 mil refugiados ao longo de cinco anos em 75 países.
O presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, disse em mensagem aos funcionários que o banco não endossa a política. “Essa não é uma política que nós apoiamos, e eu destaco que ela já foi contestada na Justiça.”
Ele também afirmou que o banco vai trabalhar para minimizar problemas que a decisão de Trump pode causar a funcionários e familiares.
O JPMorgan Chase diz estar entrando em contato com funcionários que vivem com vistos nos EUA e que podem ser afetados. O presidente do banco, Jamie Dimon, faz parte do conselho de assessores econômicos de Trump.
Outra empresa a criticar o presidente foi a montadora Ford, cujo presidente, Bill Ford, e principal executivo, Mark Fields, afirmaram em comunicado aos funcionários que “o respeito por todas as pessoas é um valor fundamental da Ford, e temos orgulho da nossa rica diversidade aqui e no mundo”. ALERTA O presidente da Netflix, Reed Hastings, disse que as ações de Trump vão tornar os EUA menos seguros. “As ações de Trump estão prejudicando a Netflix e são tão antiamericanas que nos causam dor”, afirmou ele.
O Google alertou seus funcionários que vivem nos EUA
A Casa Branca divulgou nesta segunda (30) uma nota acusando democratas de obstruírem sistematicamente as escolhas de Trump.
Segundo o texto, 17 dos indicados por Trump para liderarem secretarias ou agências ainda não foram confirmados pelo Senado. Também aos 11 dias de governo, o ex-presidente Barack Obama (democrata) tinha apenas sete indicados aguardando confirmação e com visto ou “green card” e que têm origem nos países atingidos para cancelar viagens ao exterior.
Já a empresa de software Microsoft disse que está colaborando com o procuradorgeral do Estado de Washington, onde fica sua sede, um dos que abriu processo contra o governo federal questionando o decreto. A empresa afirmou que está fornecendo informações sobre o impacto do decreto. “E ficaremos felizes em testemunhar se necessário”, disse o portavoz Pete Wootton.
Outras empresas como Apple, Facebook, LinkedIn, Twitter, Expedia e GE também fizeram críticas. o ex-presidente George W. Bush (republicano), quatro.
Para um indicado assumir, ele precisa ser confirmado pela maioria dos senadores, 51. Como 52 dos 100 senadores são republicanos, os democratas podem apenas adiar as confirmações, mas não bloquear.
A nota foi uma resposta à promessa dos senadores democratas de barrar qualquer nome indicado por Trump para a vaga existente na Suprema Corte.
Essa escolha é crucial para os democratas, porque mais um juiz conservador pode levar as decisões da Suprema Corte para a direita em questões como legalização do aborto, porte de armas e casamento gay.