De produção de distribuição de cocaína do país.
O governo afirma que 21,35% da população carcerária argentina é estrangeira, ainda que nem todos tenham recebido condenação —a proporção no Brasil é de 0,5%.
A Argentina também é recordista com relação à população estrangeira em suas favelas —nas de Buenos Aires, a média de habitantes de países da região é de 60%. São nessas “villas miseria” que funcionam os principais cartéis OPOSIÇÃO Entidades de direitos humanos e algumas vozes independentes da oposição se posicionaram contra o decreto. Para o Cels (Centro de Estudos Legais e Sociais), o texto supõe “regressão para os direitos dos imigrantes” ao associar a imigração ao delito e facilitar a propagação de discursos xenófobos.
“Estamos nos aproximando das eleições (legislativas, no segundo semestre) e é preciso culpar alguém dos problemas. O imigrante é um bode expiatório fácil por conta de sua vulnerabilidade”, diz a peruana Lourdes Rivadeneyra, da Rede Nacional de Migrantes e Refugiados de Argentina, radicada na Argentina há mais de 20 anos.
A deputada e ex-presidenciável Margarita Stolbizer (GEN) disse que “restrições a pessoas com antecedentes penais pode ser razoável, mas deve-se ter cuidado com barreiras discriminatórias num país cuja Constituição garante abertura à imigração.”
Já Ricardo Alfonsín, da UCR (União Cívica Radical), considerou “perigoso apelar a esses sentimentos em que se consideram os estrangeiros como perigo aos locais”.