Folha de S.Paulo

Área teve esqueleto de obra desenhada por Oscar Niemeyer

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DE SÃO PAULO

Após 11 anos paradas, as obras do Palácio Tangará foram retomadas há três anos, quando os proprietár­ios fecharam um contrato de 25 anos com o grupo Oetker para um hotel de luxo na área.

O terreno foi adquirido pelo fundo americano GTIS Partners. Em 2013, os investidor­es pagaram R$ 45 milhões à Previ pelos 49% da área e compraram também os outros 51% pertencent­es à Incorporad­ora Birmann.

Com sede em Nova York, o GTIS anuncia em seu site ter mais de US$ 1 bilhão investido em projetos imobiliári­os no Brasil. João Teixeira, diretor do escritório de São Paulo, foi vice-presidente da Birmann, que figurou entre as cinco maiores incorporad­oras locais até falir, nos anos 2000.

O loteamento da antiga chácara Tangará só foi aprovado em 1994. Durante 50 anos, a área de 438.000 m² ficou preservada dentro do espólio do industrial e playboy Baby Pignatari, até ser adquirida pela Birmann e pela Lubeca S.A. Empreendim­entos.

Na divisão das glebas entre os sócios, o terreno do futuro Palácio Tangará ficou com a Birmann, que decidiu erguer um hotel no local em que Pignatari iniciara a construção de uma casa de 8.000 m² desenhada por Oscar Niemeyer e com jardins de Burle Marx.

A residência modernista não foi concluída em razão do divórcio, em 1957, do playboy que tem entre suas conquistas posteriore­s a princesa Ira de Fürstember­g. Na década de 1990, o esqueleto de concreto do projeto de Niemeyer foi demolido. Nos anos 2000, começaram as obras do Tangará. CRÍTICAS

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