Viúva de presidente ajuda em indenizações
Vanusa Nicola Pallaoro, conhecida como Duda, 46, era casada com o empresário Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense. Desde o acidente, ela acumulou funções na empresa da família, uma distribuidora de frutas.
“Faço a parte financeira e recursos humanos, e tomo também as decisões que o Sandro tinha que tomar. Eu cuido dessa parte mais administrativa. Ainda está bem difícil. As pessoas ainda param a gente na rua, choram… A gente fica pensando às vezes que é um pesadelo”, diz.
Duda mantém relação com a Chapecoense na intermediação entre o clube e as viúvas dos jogadores em relação aos processos de indenização.
Ela é também mãe de um jogador da Chape. Seu filho Matheus, 17, atua nas categorias de base do time.
“Sempre fomos muito ligadas [ela e as mulheres dos atletas]. A Chapecoense é uma família”, afirma.
Recentemente, algumas delas se incomodaram com o que enxergavam como falta de notícias em relação ao repasse de doações e ao andamento dos processos. Duda tranquilizou-as e cobrou mais agilidade da Chapecoense.
Até o momento, elas receberam os seguros do clube e da CBF, e aguardam valores doados por outras fontes.
“Acho que é uma coisa que o Sandro sempre fez com tanta dedicação. A Chapecoense está onde está muito por ele também. É uma maneira de não deixar isso morrer.”
Ela diz que o filho Matheus, “meia-atacante e atacante”, é um prolongamento da visão do pai para o clube.
“Quando o Sandro assumiu, decidiu fazer categorias de base e colocou nosso filho. Fiquei preocupada, mas ele falou que quer ser jogador”, diz Duda, que pretende oficializar sua relação com o clube.
“O pessoal da área social quer que eu colabore. Vou ajudar, com certeza”, afirma.