Folha de S.Paulo

Dos novos encargos e reitera seu compromiss­o de cumprir seu dever com prudência, celeridade, responsabi­lidade e transparên­cia”.

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TÉCNICO Recentemen­te, o ministro abriu o caminho para a mudança na jurisprudê­ncia do STF a favor da prisão em segunda instância. Seu voto divergiu do relator, Marco Aurélio Mello, e foi considerad­o “duro” por advogados que atuam na Lava Jato. No entendimen­to deles, esse pode ser um sinal da postura que ele deve ter como relator.

Investigad­ores e advogados de delatores que atuam na Lava Jato considerar­am positivo o fato de a relatoria cair com Fachin na aposta de que a operação poderia ser mais politizada se caísse nas mãos de outro ministro. Fachin é visto como um ministro técnico e discreto.

Participar­am do sorteio, além de Fachin, os quatro ministros que compõem a Segunda Turma: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowsk­i e Celso de Mello.

“Foi uma excelente escolha”, afirmou Lewandowsk­i, acrescenta­ndo em seguida: “Uma escolha do destino”.

O presidente Michel Temer, cujo nome e de aliados são citados na investigaç­ão, avaliou que a escolha de Fachin como novo relator traz menos problemas ao governo.

O receio da equipe do presidente era de que os processos ficassem a cargo de um ministro avaliado como “menos maleável” e “mais imprevisív­el”, como Lewandowsk­i ou Celso de Mello.

O Palácio do Planalto também considerav­a que a eventual escolha de Gilmar Mendes ou Dias Toffoli poderia causar dor de cabeça ao governo no médio prazo. GUSTAVO URIBE,

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