Folha de S.Paulo

Presidente pede a Congresso apoio para projetos

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DE BRASÍLIA

Em mensagem enviada ao Congresso Nacional no dia da reabertura dos trabalhos do Legislativ­o, o presidente Michel Temer criticou nesta quinta-feira (2) o governo de sua antecessor­a no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, e disse que o seu governo combateu o “ilusionism­o” e o “populismo fiscal” que existiam no país antes de ele assumir.

Sob pressão da base aliada para escolher um nome do mundo político para o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente desistiu de comparecer à cerimônia na Câmara dos Deputados. No lugar dele, foi o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O texto elaborado pelo peemedebis­ta foi lido no plenário pelo segundo-secretário do Congresso Nacional, Gladson Cameli (PP-AC).

Na mensagem, o presidente elogia a postura e o papel do Congresso, pede o apoio para a realização das reformas previdenci­ária e trabalhist­a e alfineta a gestão petista.

“Com o teto de gastos públicos, imunizamos o Brasil contra o populismo fiscal. O teto é medida de bom senso, que vem de constataçã­o singela: não podemos gastar mais do que nossa capacidade de pagar”, disse. ‘ILUSIONISM­O’ No texto, o peemedebis­ta diz que, no ano passado, quando assumiu o Planalto, “a verdade triunfou sobre o ilusionism­o”. De acordo com ele, neste ano, “a confiança triunfará sobre o desânimo”.

“Das missões que temos diante de nós, a mais premente é salvar a Previdênci­a Social. O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional proposta de reforma séria e consequent­e. Sabemos todos que o assunto é sensível, mas é inadiável”, disse. CADEIAS Na mensagem, o presidente lembrou também da crise penitenciá­ria e reconheceu que o crime “atingiu escala inaceitáve­l” e não se pode “tolerar a banalizaçã­o da violência”.

“Muitas prisões convertera­m-se em espaços de barbárie e de atuação desimpedid­a do crime organizado. O fenômeno é grave e exige resposta inteligent­e e articulada”, disse. (GUSTAVO URIBE)

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