Folha de S.Paulo

Sem retomada do crédito, lucro do Bradesco encolhe

Inadimplên­cia subiu para 5,5% no último trimestre, mas despesas contra possíveis calotes começam a cair

- TÁSSIA KASTNER

Para compensar queda nas receitas com empréstimo­s, ganhos com tarifas subiram 14,4% no último ano

Ainda sob o efeito da retração nos empréstimo­s e da inadimplên­cia em alta, o lucro líquido do Bradesco recuou 3,9% no último trimestre de 2016, para R$ 4,4 bilhões. Com o agravament­o da recessão econômica no país e o desemprego que chegou a 12%, os bancos foram mais seletivos nos empréstimo­s durante o último ano, em uma tentativa de controlar os custos com possíveis calotes.

O Bradesco viu sua carteira de crédito encolher 9,3%, sem levar em conta os empréstimo­s concedidos pelo HSBC. A compra da operação brasileira do banco britânico foi feita em agosto de 2015, mas a fusão das empresas só ocorreu em julho de 2016, após a aprovação do Cade.

Com o acréscimo do HSBC, a carteira de crédito do Bradesco cresceu 8,6% no quarto trimestre em relação ao mesmo período de 2015.

E, diferentem­ente do que mostrou o Santander, o pri- meiro dos grandes bancos a divulgar os resultados de 2016, o processo de retomada do crédito ainda não começou para o Bradesco.

Na instituiçã­o, os empréstimo­s caíram 1,3% entre setembro e dezembro em relação ao terceiro trimestre.

Para 2017, o banco espera expansão do crédito entre 1% e 5%, em linha com o que o 4ºtri. 15 1ºtri. 16 margem financeira total Carteira de crédito Inadimplên­cia acima de 90 dias

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil