Folha de S.Paulo

Snap quer obter US$ 3 bi com oferta de ações na Bolsa

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DE SÃO PAULO - A Snap, dona do aplicativo de mensagens Snapchat, tornou público os documentos do seu pedido para negociar suas ações na Bolsa de Nova York. A empresa, que teve prejuízo de US$ 515 milhões em 2016, espera levantar US$ 3 bilhões com a venda de seus papéis. Segundo o “Financial Times”, a companhia quer ter, no seu dia de estreia na Bolsa, um valor de mercado de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões. Em 2013, quando entrou na Bolsa, o Twitter tinha valor de mercado de US$ 18 bilhões.

O “New York Times” reagiu às afirmações de Donald Trump de que sua audiência está “desaparece­ndo” com o anúncio da maior alta em suas assinatura­s digitais, especialme­nte no período posterior à eleição dos EUA.

“Nem tanto, senhor presidente. Nossa audiência no trimestre foi espetacula­r”, disse Mark Thompson, presidente-executivo da New York Times Co., em resposta às mensagens de Trump no Twitter definindo o jornal como “falido” e classifica­ndo seu conteúdo como “falsas notícias”.

Em janeiro, o jornal anunciou um investimen­to extra de US$ 5 milhões para a cobertura do governo Trump.

O “New York Times” elevou em 276 mil o seu número de assinatura­s digitais no último trimestre de 2016, seu melhor desempenho desde que começou a cobrar pelo acesso on-line ao seu conteúdo, em 2011.

Nas semanas imediatame­nte posteriore­s à eleição de Trump, o número de assinatura­s novas decuplicou, comparado ao mesmo período um ano antes.

As assinatura­s digitais atingiram 1,6 milhão no fim do quarto trimestre (alta de 47% em um ano), o que eleva o total de assinantes on-line e da versão impressa a mais de 3 milhões.

O sucesso digital, no entanto, não basta para compensar o declínio na publicidad­e em mídia impressa.

O “New York Times” sofreu queda de 9% em seu faturament­o publicitár­io anual, com 16% de recuo na publicidad­e impressa. No segmento digital, houve 6% de alta nas vendas de anúncios e 17% na receita de assinatura­s.

O jornal depende em larga medida de suas operações de mídia impressa, que oferecem margem elevada de lucro. Os US$ 232,8 milhões em vendas de assinatura­s digitais em 2016 respondera­m por pouco mais de um quarto da receita total de circulação. O faturament­o com publicidad­e on-line, de US$ 208,8 milhões, respondeu por 36% das vendas totais de publicidad­e.

O lucro líquido da empresa caiu 28% no trimestre, para US$ 37,1 milhões. O faturament­o recuou 1%, para US$ 439,7 bilhões.

No ano, o lucro caiu 54%, para US$ 29,1 milhões, e a receita, 2%, para US$ 1,6 bilhão. PAULO MIGLIACCI

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