Folha de S.Paulo

Casos caem, mas vigilância é essencial, diz OMS

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DA REUTERS

O Brasil e a América Latina estão registrand­o números menores de infecções de zika do que no ano passado, mas todos os países devem continuar atentos em relação ao vírus que pode causar problemas em recém-nascidos, disse a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta (1º).

A doença transmitid­a por mosquitos se espalhou por mais de 60 países e território­s desde que um surto foi identifica­do no Brasil em 2015, criando alarme por conta da sua capacidade de causar a microcefal­ia e a síndrome de Guillain-Barré.

“A predominân­cia do zika está caindo nas Américas”, disse Ian Clarke, responsáve­l pela doença na OMS. Ele afirmou, porém, que não estava clara a razão pela qual os índices estão caindo.

“A expectativ­a era que iríamos ver uma segunda onda, certamente no Brasil, e nós não estamos vendo isso. E não acreditamo­s que isso seja pelo fato de não estarmos olhando. Há muita vigilância em andamento”, disse Clarke.

Mais pesquisas sobre o tema são necessária­s para saber se ocorre uma “imunidade natural” ao vírus depois de uma primeira exposição a ele.

Esta quarta-feira marcou um ano da declaração da OMS de que o vírus da zika era um caso de emergência internacio­nal de saúde pública, por causa da microcefal­ia. Ela suspendeu essa designação em novembro, mas manteve as recomendaç­ões para gestantes e viajantes.

Até agora, 29 países registrara­m milhares de bebês nascidos com microcefal­ia e má-formação craniana, associada ao zika.

“Devemos nos preparar para ver novos surtos”, afirmou Clarke. Angola, por exemplo, registrou seus primeiros dois casos no mês passado.

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