Novo articulador do governo nega racha na base
DE BRASÍLIA
Empossado na manhã desta sexta (3) como ministro da Secretaria de Governo, o tucano Antonio Imbassahy disse não ter identificado problemas na base aliada de Michel Temer após a reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), movimento que teve apoio do Palácio do Planalto.
A disputa levou a fissuras internas em legendas aliadas e criou arestas entre partidos da base.
Além disso, os peemedebistas não veem com bons olhos o aumento de espaço do PSDB no governo. Agora, os tucanos comandam cinco ministérios, apenas um a menos que o PMDB de Temer.
“Não ouço nenhuma reclamação de nenhum partido. Ao contrário. Tenho ouvido palavras de estímulo”, afirmou Imbassahy após tomar posse.
O novo articulador político do governo negou haver temor de que as insatisfações da base prejudiquem a votação da reforma da Previdência.
“Não vi nenhuma fissura. Houve uma disputa natural por uma posição na Mesa Diretora da Câmara. Mas isso não tem uma repercussão na votação dos projetos”, afirmou.
“Tem que conversar com esses aliados que eu ainda não sei quem são para ouvi-los, receber as críticas e fazer o debate de convencimento.”
A oficialização de Imbassahy na Secretaria de Governo é aguardada desde o início de dezembro de 2016. A entrega de mais um ministério para o PSDB fez parte das negociações envolvendo a disputa pelo comando da Câmara.
O tucano tinha intenção de disputar a vaga. Após o acordo, seu partido fechou apoio a Maia.
O tucano negou que sua pasta tenha sido desidratada com a recriação da Secretaria-Geral, entregue a Moreira Franco.
De acordo com Temer, a pasta de Moreira vai ter função de zeladoria, pois, segundo o presidente, “precisava estruturar um pouco melhor o Palácio do Planalto”. Temer afirmou que Moreira vai cuidar “da administração interna, do cerimonial e das viagens do presidente”.
(DANIEL CARVALHO