Folha de S.Paulo

Medidas não estimulam atividades de risco, afirmam grandes bancos

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DO “FINANCIAL TIMES”

Os grandes bancos americanos ecoaram a mensagem da Casa Branca de que as reformas mais amplas que estão começando tinham por objetivo encorajar o fluxo de crédito, e não estimular as atividades de alto risco dos bancos de investimen­to.

“Meus membros estão gastando rios de dinheiro, energia e tempo para cumprir regras, em certos casos regras desnecessá­rias, que afetam os empréstimo­s”, disse Richard Hunt, presidente da Associação de Bancos de Varejo dos Estados Unidos.

“Todos acreditamo­s em regulament­ação e, especialme­nte, em regulament­ação de proteção ao consumidor”, afirmou o executivo.

“Mas será que o Congresso foi longe demais com a DoddFrank? Com certeza foi.”

Para desmantela­r a DoddFrank, porém, os legislador­es republican­os precisam do apoio de pelo menos oito democratas no Senado, uma tarefa complicada dadas as divisões políticas que a questão envolve.

Terry Haines, analista do banco de investimen­to Evercore ISI, disse que “continuamo­s a acreditar que grandes mudanças na Dodd-Frank são improvávei­s, pelo menos nos próximos dois anos”.

As ordens de Trump foram recebidas com alarme pelos democratas, que as retrataram como sinal da prontidão da Casa Branca para prestar favores aos bancos.

“Creio que todo o mundo ficou chocado ao ver o sujeito do Goldman Sachs, apontado por Trump, como encarregad­o da missão de desregulam­entar Wall Street [Gary Cohn, presidente do Conselho Nacional de Economia], depois dos ataques de Trump ao presidente-executivo do banco”, disse Dennis Kelleher, da Better Markets, organizaçã­o que favorece a regulament­ação do setor financeiro.

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Brendan Smialowski/AFP Donald Trump mostra ordem executiva que determina revisão de lei do sistema financeiro

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