Folha de S.Paulo

Israel regulariza 3.800 casas em colônias

Medida contraria determinaç­ão da Suprema Corte que proíbe liberação de assentamen­tos ilegais na Cisjordâni­a

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Premiê, que esperava discutir assunto com Trump antes de votação da lei, foi ameaçado pela extrema direita

O Parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (6) a lei que legaliza 53 colônias judaicas construída­s em terrenos privados na Cisjordâni­a, o que deve complicar ainda mais as chances de paz com os palestinos.

A medida foi avaliada a contragost­o do premiê, Binyamin Netanyahu, que queria votá-la após visita ao presidente dos EUA, Donald Trump. Também contraria a decisão da Suprema Corte que proíbe a expansão.

Ao todo, o Legislativ­o regularizo­u 3.800 casas em 53 colônias ilegais, levando à expropriaç­ão de 8 km² dos território­s palestinos. O placar da votação foi de 60 votos a favor e 52 contra a nova lei.

Em nota, a Organizaçã­o para a Libertação Palestina afirmou que a nova lei significa “legalizar o roubo da terra dos palestinos” e que o governo israelense “quer destruir qualquer possibilid­ade de solução política” do conflito.

A legalizaçã­o das casas acontece dias depois que o governo anunciou a construção de novos assentamen­tos pela primeira vez em 24 anos, além de permitir a ampliação dos existentes.

A intenção é erguer mais de 6.000 casas na Cisjordâni­a e em Jerusalém Oriental. Os anúncios foram feitos na estei-

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Baz Ratner/Reuters Menino passa em frente ao assentamen­to judaico de Ofra

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