PAINEL DO LEITOR
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TSUNETO SASSAKI
É natural que ocorra o desgaste do governo em relação à indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, afinal parece caracterizar um irremediável conflito de interesses, por razões de domínio público. O que não é natural é não haver na governança do Planalto a exigência de um período de carência de algo como um ano nas indicações para cargos e funções, necessário à transparência, exatamente para evitar desgastes e desconfianças.
JOÃO C. ARAÚJO FIGUEIRA
Não entendo por que tanto esperneio em relação à indicação de Alexandre de Moraes para o STF. Esqueceram-se de Dias Toffoli e de Ricardo Lewandowski? O primeiro era advogado do PT e o segundo é amigo pessoal da família de Lula. Ambos têm conhecimento jurídico muito inferior ao do atual indicado. Não existe escolha de pessoas que não seja, em essência, política.
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES
Cobradores nos ônibus Sobre o editorial “Cobradores em xeque” (“Opinião”, 7/2), presenciamos o fim das máquinas de escrever e a consequente extinção dos datilógrafos. Presenciamos o fim dos ascensoristas. E agora chegou a hora dos cobradores de ônibus. Para que manter um gasto grande que não serve rigorosamente para nada? Apenas para impor mais custo ao município e, por consequência, ao contribuinte? Qual a ideia?
FABIO KNOPLOCH
Está mais do que na hora de acabar com os cobradores de ônibus. Mas é preciso ser radical ao aniquilar a aberração: acabar também com as catracas. Acabem com isso, criem um sistema simples e eficiente de cobrança. Os cobradores podem (como é usual em todo o mundo) tornar-se controladores, que agem aleatoriamente nos ônibus e trens verificando quem pagou a passagem.
HOMERO SANTIAGO
Colunistas Mario Sergio Conti acusa o juiz Moro de “baixeza” por, segundo ele, processar Marisa para atingir Lula (“Classe média lá e cá”, “Poder”, 7/2). Até onde sabemos, o processo não foi inventado. Ele se baseia em investigações que apontam que Marisa tomou parte em diversas fraudes junto com o marido e com outros. Conti espera que Moro ou qualquer juiz se abstenha de suas funções porque o réu é marido, filho, genro, neto ou cunhado de alguém?
ALEXANDRE EFFORI DE MELLO