MEC congela nomeação de reitora da Unifesp
Sindicato diz que ato é quebra de autonomia
A sucessão na reitoria da Unifesp (Universidade de São Paulo), cujo novo mandato se iniciaria nesta quarta (8), foi suspensa pelo MEC (Ministério da Educação) depois que um professor da instituição questionou a consulta feita com alunos, professores e funcionários, de forma paritária, para a escolha do reitor.
Sindicato dos docentes e membros da instituição reclamam que a medida fere a autonomia universitária.
A atual reitora e candidata à reeleição, Soraya Smaili, ficou em primeiro na consulta feita em novembro de 2016.
Isso foi possível após alteração do estatuto, aprovada pelo Conselho Universitário, órgão deliberativo da instituição, em maio de 2016. Essa consulta prévia antecede a elaboração de uma lista tríplice, oficializada pelo Conselho Universitário.
A lista vai para o MEC e cabe ao presidente da República a nomeação. A presidência escolhe qualquer um da lista, mas é tradição confirmar o indicado com mais votos.
O MEC defende que a apuração é necessária como forma de garantir o que diz uma lei de 1995. A lei exige que docentes tenham peso de 70% na eleição de reitores.
Nota técnica do MEC, de 2009, entretanto, prevê consultas paritárias, caso a lista final seja definida pelo Conselho Universitário. “O governo quer uma razão para interferir na autonomia”, diz Ana Estevão, do Andes (sindicato nacional dos docentes).
O autor da denúncia, Antonio Carlos Lopes, e a reitora não se manifestaram. O MEC deve nomear um reitor temporário durante a apuração.
Na manhã de uma segunda de Carnaval de 2016, um grupo de foliões sai da praça Roosevelt, no centro de São Paulo, acompanhando um bloquinho de jazz repleto de crianças, clima familiar. À noite, outros carnavalescos são conduzidos à praça por um grande bloco que termina ali, onde passam a madrugada bebendo e festejando.
Nem um, nem outro. Após restrições ao Carnaval na Vila Madalena (zona oeste), a gestão João Doria (PSDB) fixou novas regras também na praça Roosevelt —atendendo a pedidos de moradores e desagradando organizadores de blocos e donos de bares.
Neste ano, foram confirmados 381 blocos na capital paulista inteira, alta de 25% em relação ao ano passado, quando 306 desfilaram, e de 40% em relação a 2015.
No caso da festa na Roosevelt, uma portaria publicada nesta terça (7) no “Diário Oficial” veda a concentração e a dispersão de blocos na praça. O local pode, no entanto, fazer parte de seu percurso.
“Compreendo a necessidade do diálogo com os blocos maiores”, diz Alexandre Youssef, do gigante Acadêmicos do Baixo Augusta, cuja dispersão não acontece na praça desde 2015. “Mas não acho legal cercear a praça, palco de diversas manifestações culturais, para pequenos blocos. Vejo com receio esse regramento exagerado, um risco à espontaneidade do Carnaval.”
Para Guga Berro, 34, do