Mas que há um método comum disseminado em vários países.
so, porque aportamos o que tínhamos de informação e eles foram muito generosos.
A partir daí, nós começamos nosso trabalho aqui, de tornar público aos peruanos o que me parece uma epopeia de escalada de subornos sem precedentes na América Latina. Hoje qualquer peruano sabe o que é a Lava Jato e o que são subornos em licitações, desvios para obras públicas, algo que antes parecia algo técnico, mas ao envolver três ex-presidentes da República expôs que não só eles são responsáveis, O que a possível prisão do expresidente peruano Alejandro Toledo poderia significar?
Simbolicamente, será algo muito importante, porque vai ser o primeiro ex-presidente a ir para a cadeia por conta desse escândalo, que já é continental. Por outro lado, Toledo hoje é um sujeito fraco politicamente no Peru. Já foi presidente há muitos anos, não tem um grande respaldo partidário, e saiu com a popularidade muito baixa. Temo que a prisão dele apenas dê lugar a um recurso muito comum no Peru quando se trata de escândalos de corrupção: sempre se busca um bode expiatório e apenas ele cai e paga pelo crime.
É por isso que a imprensa e a sociedade têm de pressionar para que a Justiça vá até o fim e que todos os envolvidos também caiam. O sr. acredita que a Lava Jato vá testar a independência dos
Na Venezuela, tenho certeza de que mesmo que saia o código genético de cada um dos corruptos do governo, com confirmações, ainda assim Nicolás Maduro dirá que tudo se trata de uma trama do Império. Na Argentina, também acho que vai ser complicadíssimo, porque o Executivo exerce muita pressão sobre o Judiciário, e se trata de um país muito corrupto.
Mas, ainda assim, mesmo nesses casos mais graves, creio que algo mudará para o futuro. Não só no que se refere à Odebrecht. Vivemos uma grande oportunidade na América Latina de acabar com esse modus operandi da corrupção que envolve governos e empresas há muito tempo. Algo vai mudar. (SYLVIA COLOMBO)