Folha de S.Paulo

A Heineken anunciou nesta

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segunda-feira (13) que assinou acordo com a japonesa Kirin para compra da Brasil Kirin, dona da Schin e da Devassa, em uma transação que a tornará a segunda maior fabricante de cervejas do país.

Incluindo dívidas, a Heineken informou que pagará US$ 1,09 bilhão (R$ 2,2 bilhões) pela empresa, numa transação que visa aumentar sua presença no mercado brasileiro, o terceiro maior do mundo, fortalecer seu portfólio de marcas e ganhar escala.

Após a conclusão do negócio, que precisa passar pelo crivo dos órgãos reguladore­s, a companhia holandesa passará a ter uma participaç­ão de mercado de 20,5% no Brasil, se levados em conta os dados da consultori­a Euromonito­r relativos a 2015.

A empresa supera, assim, a Petrópolis (Itaipava, Crystal), que tem 11,9%. A AB InBev permanece em primeiro, com 63,3%.

O negócio encerra a problemáti­ca participaç­ão da Kirin no mercado brasileiro, iniciada em 2011, quando pagou cerca de US$ 3,9 bilhões por por 12 cervejaria­s, inclusive a Schincario­l, que que custou US$ 2,65 bilhões.

A aquisição pesou fortemente sobre o desempenho da Kirin, em razão da recessão brasileira. O grupo japonês também se viu forçado a participar de uma batalha pelo controle de sua subsidiári­a no país, porque alguns membros da família Schincario­l recorreram à Justiça para suspender a venda. PREJUÍZO O volume de venda de cerveja da Kirin no Brasil caiu 25% de 2012 para cá, e em 2015 o grupo registrou seu primeiro prejuízo líquido anual desde 1949, depois de encontrar dificuldad­es para reverter o declínio de seus negócios no Brasil.

A subsidiári­a brasileira da empresa registrou prejuízo de R$ 509 milhões (US$ 163 milhões) em 2015 e de R$ 284 milhões

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