Presidente ameaça as companhias que deixarem o país com ‘punição substancial’
O presidente Donald Trump prometeu nesta sextafeira (17) dar “uma punição substancial” às companhias que deixarem os EUA para produzir no exterior, em um discurso em que voltou a defender a indústria nacional.
“As empresas que demitam americanos e levem suas operações para o exterior terão uma punição substancial”, disse o republicano, no lançamento do Boeing 787-10 em North Charleston, na Carolina do Sul, sem mencionar qual seria esta sanção.
Antes de assumir, em janeiro, o republicano ameaçou empresas multinacionais de sobretaxar produtos fabricados em países com custos menores de produção e importados para os EUA.
Isso levou algumas delas, como a General Motors, a Ford e o Walmart, a desistirem de projetos na Ásia e na América Latina para reforçarem as fábricas americanas.
Ele reiterou a promessa de uma indústria competitiva para facilitar o comércio exterior. “Vamos aplicar nossas regras comerciais e parar a trapaça estrangeira, tremenda trapaça estrangeira.”
Dentre as iniciativas que pretende implementar, está a flexibilização das regulações no mercado de trabalho e a redução de impostos. Para Trump, isso permitirá a criação de mais empregos e a volta de mais empresas.
“As fábricas estão voltando, estou muito feliz por isso. Vou fazer tudo o que eu puder para colocar estas grandes pessoas de volta ao trabalho. Brigarei por cada um dos empregos americanos.” DEFESA Na fábrica da maior produtora de aviões do país, o presidente disse que as Forças Armadas estão analisando a proposta de renovação da frota de caças F-18 Super Hornet e do novo Air Force One para substituir o atual, que fez seu primeiro voo em 1987.
A renovação deverá ser uma das iniciativas do republicano para “reconstruir por completo” as Forças armadas americanas, como defendeu em entrevista coletiva na quinta-feira (16).
“Estar preparado para a guerra é uma das maneiras mais efetivas de preservar a paz”, disse, citando uma frase de George Washington. “Nós vamos construir uma força militar tão grande, e vamos fazer isso, que ninguém vai se atrever a desafiá-la.”
A Boeing entregou orçamento para a fabricação dos caças e do avião presidencial ainda no governo de Barack Obama, mas a negociação não avançou devido ao alto valor da operação. O mandatário brincou com o presidente da empresa, Dennis Muilenburg: “Ele é um duro negociador.”