Folha de S.Paulo

CARNAVAL Blocos de SP terão 170 desfiles em 2 dias

Após ‘esquenta’ de grupos oficiais nesta sexta, final de semana será mais agitado que no próprio feriado de Carnaval

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Bicho Maluco Beleza, Acadêmicos do Baixo Augusta e Monobloco estão entre os que podem atrair multidões

Depois do “esquenta” dos primeiros blocos oficiais do Carnaval de São Paulo nesta sexta-feira (17), a cidade terá um final de semana agitado, com 170 desfiles espalhados por diversas regiões neste sábado (18) e domingo (19).

A programaçã­o inclui blocos de manhã até a noite e será um teste para a infraestru­tura montada pela gestão João Doria (PSDB) para 2017, incluindo restrições em áreas como miolo da Vila Madalena (zona oeste), Minhocão e praça Roosevelt (centro).

O bloco Bicho Maluco Beleza (às 10h, no Monumento às Bandeiras) é um dos destaques entre os 106 desfiles deste sábado. Dos 64 de domingo, Monobloco (às 10h, na av. Pedro Álvares Cabral) e Acadêmicos do Baixo Augusta (16h, na rua da Consolação) estão entre os que têm potencial para atrair multidões.

A prefeitura também decidiu montar palcos para shows no Anhangabaú e no largo da Batata, que funcionarã­o até as 23h para atrair os foliões dispersos dos blocos. CENTRO A quantidade de desfiles de blocos neste final de semana supera inclusive a do próprio feriado de Carnaval, quando estão previstos 154 —

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entre 24 e 28 de fevereiro.

Nesta sexta, os primeiros blocos oficiais cadastrado­s pela prefeitura fizeram desfiles principalm­ente no centro.

O bloco “Nega Fulô e o Palhaço Bebum” participou do Carnaval paulistano pelo segundo ano, tocando MPB e marchinhas tradiciona­is.

Ele foi criado por dois amigos que pularam em muitos carnavais pelo Brasil, como Salvador, São Luiz do Paraitinga, no interior de SP, e Rio.

Os organizado­res fecharam um quarteirão que abrange as ruas General Jardim e Bento Freitas. O lema do bloco é “Minha carne é de Carnaval e meu coração é igual”, em alusão a uma música da banda Novos Baianos.

“Sempre viajávamos no Carnaval, em uma conversa de boteco resolvermo­s criar o bloco, somos foliões natos”, diz Ana Paula Silva, uma das criadoras e madrinha do bloco, fantasiada de Nega Fulô.

Também na região central, o bloco Será que el é? levou marchinhas tradiciona­is, como “Cabeleira do Zezé”, e muita música eletrônica, ao largo do Arouche.

O título do bloco, criado pelo Museu da Diversidad­e Sexual, dentro do metrô República, faz referência à famosa marchinha “Será que ele é”, sucesso dos bailes de Carnaval desde os anos 1960.

Uma das convidadas do bloco foi Rita Cadillac, que já havia sido rainha de outro bloco da comunidade LGBT em 2016. “Eu sou de todos os sexos”, afirmou Rita, sobre a importânci­a de discutir a diversidad­e no Carnaval.

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Folionas tiram selfie no Bantantã Folia e Festa de Rua, bloco que desfilou na noite desta sexta (17) no Butantã, zona oeste de São Paulo; pré-Carnaval na cidade terá 170 desfiles

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