OLHO CLÍNICO
A conferência dos 2 milhões de assinaturas coletadas por integrantes do Ministério Público Federal para a iniciativa popular que propõe as “dez medidas” contra a corrupção checará apenas se os formulários foram preenchidos de maneira correta, com nome completo, endereço e número de documentos. Não haverá verificação da veracidade de todas as informações de cada pessoa junto aos cartórios eleitorais.
DO BEM
A Câmara dos Deputados partirá, portanto, da presunção de que ninguém se passaria por outra pessoa ou forneceria dados falsos na hora de assinar a proposta.
ESTACIONADO
Uma checagem via TSE (Tribunal Superior Eleitoral) seria mais segura, mas exigiria que as listas fossem enviadas a centenas de cartórios para a verificação de todas as informações de cada eleitor. A providência foi descartada para evitar que o projeto de lei ficasse paralisado por muito tempo na Câmara, num acordo que envolveu o presidente da Casa, Rodrigo Maia, e o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal).
NA RUA
A coleta de assinaturas gerou polêmica, com críticos da iniciativa insinuando que muitas pessoas podem ter assinado sem nem sequer ler todo o texto e que poderiam até ter sido reunidas por sindicatos de camelôs.
LUGAR ERRADO
A ex-presidente do Conpresp (conselho municipal do patrimônio) Nadia Somekh critica a medida da Justiça de SP que determina que o prefeito João Doria não apague nenhum grafite sem consultar o órgão. “Não tem muito sentido porque o Conpresp trata apenas de bens tombados, o que não é o caso dos grafites. Então não é ele que tem que se manifestar”, diz a arquiteta, que presidiu o conselho durante a gestão Fernando Haddad.