Folha de S.Paulo

Brasil libera residência de 2 anos para venezuelan­os

Governo toma decisão após pedido da OEA para acolher vizinhos que fogem da crise

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Cressida entrou para a Scotland Yard em 1983, após se graduar na Universida­de de Oxford. Ela participou de uma série de operações de peso, incluindo a segurança da Olimpíada de 2012.

A nova comandante da força metropolit­ana havia deixado a polícia em 2015 e trabalhava no gabinete das Relações Exteriores do Reino Unido, antes da promoção.

Durante o processo de nomeação, ela foi entrevista­da por Sadiq Khan, prefeito de Londres —a quem a família de Jean Charles pediu que sua nomeação fosse revista.

O Conselho Nacional de Imigração liberou a residência temporária de dois anos a cidadãos de países limítrofes que não fazem parte do Acordo de Residência do Mercosul, o que beneficia principalm­ente os venezuelan­os.

Embora a medida se estenda aos nacionais de Guiana, Suriname e Guiana Francesa, são os oriundos do país governado por Nicolás Maduro quem deverão usar mais a medida para fugir da crise.

Na resolução do órgão do Ministério do Trabalho, publicada nesta quarta (22) no Diário Oficial, a liberação se aplica a todos estes imigrantes em situação irregular.

Isso beneficia, por exemplo, os cerca de 450 venezuelan­os detidos em dezembro pela Polícia Federal em Boa Vista e Pacaraima (RR). Na época, a Justiça impediu a deportação após recurso da Defensoria Pública da União.

O documento faz referência ao “fluxo migratório, sobretudo na região Norte, de nacionais de países fronteiriç­os que ainda não são parte do acordo de residência”, em alusão indireta aos cidadãos venezuelan­os.

Os imigrantes ilegais nesta situação deverão se apresentar às unidades da PF para se regulariza­rem. Quem solicitou refúgio ou asilo político e quer aderir à residência temporária terá que abrir mão do primeiro processo.

O Brasil é o segundo país a relaxar as leis migratória­s depois que a Comissão Interameri­cana de Direitos Humanos pediu aos membros da OEA que protegesse­m quem deixa o país caribenho.

As regras brasileira­s são as mesmas do Acordo de Residência do Mercosul, que inclui os quatro membros fundadores do bloco —Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai—, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.

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