Folha de S.Paulo

Perder definitiva­mente

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As forças do Exército do Iraque entraram nesta quinta-feira (23) no aeroporto de Mossul, no norte do país, pela primeira vez desde que a facção terrorista Estado Islâmico assumiu o controle da região, em 2014.

Apoiados por aviões e drones, os militares iraquianos entraram no perímetro da base aérea. O EI respondeu com ataques suicidas de carros bomba e drones carregando morteiros. O aeroporto de Mossul é a porta de entrada da zona oeste da cidade, ainda sob controle da facção.

“Entramos no aeroporto, e as unidades de engenheiro­s estão limpando as estradas”, afirmou Hisham Abdul Kadhem, comandante do Regimento de Intervençã­o Rápida do Ministério do Interior.

O plano é usar o aeroporto como base para as incursões na região oeste da cidade, onde se estima que 650 mil pessoas estejam sob cerco. A ONU alerta que esse grupo já sofre com a falta de comida e de combustíve­l. Ao menos cem civis conseguira­m esca- par em direção às tropas após a tomada do aeroporto

A operação aconteceu no quinto dia da ofensiva para recuperar a totalidade de Mossul, segunda maior cidade do país e último grande reduto da milícia terrorista sunita no Iraque.

A zona leste da cidade foi “libertada” no fim de janeiro e retomada do EI três meses depois da grande ofensiva militar iniciada em 17 de ou- tubro para reconquist­ar completame­nte Mossul.

Cerca de 100 mil soldados, milicianos xiitas e combatente­s de tribos sunitas contrárias ao EI participam da ação, apoiada por uma coalizão sob liderança dos EUA.

As forças iraquianas falam em 3.000 mortos desde que a operação começou. BATALHA Mossul poderia representa­r o fim do braço iraquiano do EI, além do peso simbólico de ter sido na cidade, em julho de 2014, que o líder da facção, Abu Bakr al-Baghdadi, fez o discurso em que se declarava comandante do autointitu­lado “califado”.

Por causa disso, autoridade­s militares do Iraque esperam que a batalha pela região oeste seja mais difícil que a retomada da porção leste. A geografia também é um fator que dificulta: na parte ocidental há distritos mais antigos, com ruelas e passagens estreitas por onde tanques e veículos não passam.

Segundo as forças iraquianas, os militantes do EI também criaram uma rede de passagens e túneis nessa área para se esconder ou lutar misturados entre civis.

A esperança das tropas é que os habitantes do oeste de

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Alice Martins - 11.jan.2017/Associated Press Ex-escrava do Estado Islâmico, a yazidi Perwin Ali Baku, 23, espera por auxílio psicológic­o
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Fonte: Graphic News

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