Folha de S.Paulo

Realidade típica da Idade Média está em livro da Coleção Folha

Adaptação do conto ‘O Gato de Botas’ traz reflexão inteligent­e e divertida de vida difícil

- JULIANA CALDERARI

No domingo (26), a Coleção Folha Reis, Príncipes e Princesas traz para as crianças a adaptação do conto “O Gato de Botas” (R$ 18,90).

Escrito por Laiz B. Carvalho e ilustrado por Cris Eich, o livro foi especialme­nte pensado para os leitores que têm entre três e seis anos.

Muitas versões de “O Gato de Botas” foram registrada­s desde sua primeira publicação. A escolhida pela Folha foi a de Charles Perrault (16281703), que faz parte da coletânea intitulada “Os contos da Mamãe Gansa”, de 1697.

A aventura que atravessou séculos também ganhou adaptações para o balé e o teatro e, no século 20, passou a ser vista nas telas do cinema e da TV.

Seu protagonis­ta se tornou tão popular que saiu da sua história para fazer participaç­ões especiais na de outras como Pokémon e Shrek, em que foi dublado pelo ator Antonio Bandeiras.

O conto é sobre um gato incomum que é dado como herança para o filho mais novo de um moleiro muito pobre.

No início, o garoto pensou que morreria de fome, mas seu espanto foi grande quando o bichano disse —sim, ele falava— que poderia ajudá-lo.

Para seu novo dono, o animal pediu apenas uma sacola e um par de botas. Capaz de fazer vários truques, o gato usou suas habilidade­s pa- ra impression­ar o rei que, convencido, ofereceu a mão de sua filha ao rapaz.

Diferente de outros contos maravilhos­os, “O Gato de Botas” não têm mocinha, nem bandido.

Segundo a autora da adaptação, a história reflete de modo inteligent­e e divertido uma realidade sofrida, típica da Idade Média, quando ou se nascia nobre ou se permanecia pobre para o resto da vida.

“A história fala de um mundo de pobreza e trabalho. Por meio da narrativa, é possível vislumbrar alguns elementos da Idade Média, por exemplo a referência a algumas profissões atribuídas ao povo, como a do moleiro”, diz.

O quinto volume da Coleção vem ainda com atividades pensadas para ajudar os pequenos a recuperar alguns elementos da história de maneira lúdica.

“de um mundo de pobreza e trabalho. Por meio da narrativa, é possível vislumbrar alguns elementos da Idade Média, por exemplo a referência a algumas profissões atribuídas ao povo

LAIZ B. CARVALHO,

autora da adaptação

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