Folha de S.Paulo

Deputados se opõem a idade mínima proposta por Temer

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aprimorado­s ou revistos”, diz Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

Só nove deputados dizem apoiar a unificação de regras para homens e mulheres, como prevê o projeto de Temer. Outros 22 disseram ser contra a ideia, devido às diferenças que separam homens e mulheres no mercado de trabalho. “É um erro absurdo colocar as mesmas regras”, afirmou Assis Carvalho (PT-PI).

O governo reconhece que muitas diferenças persistem, mas argumenta que elas têm diminuído e que problemas do mercado de trabalho não deveriam ser resolvidos pela Previdênci­a. A comissão que votará o parecer do relator Arhur Maia tem só uma mulher como titular. Os outros 35 integrante­s são homens.

Outro ponto criticado pela maioria é a nova fórmula de cálculo das aposentado­rias, que obrigaria os trabalhado­res a somar 49 anos de contribuiç­ão para ter direito ao benefício integral. Declaramse contrários 25 deputados.

Principal voz do governo na comissão e único dos 35 entrevista­dos a declarar que a proposta não precisa de mudanças, Darcísio Perondi admite que há espaço para conversar. “Por enquanto, não tem o que mudar, mas o governo está aberto”, afirmou.

A comissão especial é onde ocorre a primeira etapa da discussão da reforma. O relator Arthur Maia promete apresentar na última semana de março seu parecer, que será votado pelo colegiado e depois encaminhad­o para o plenário, onde a reforma precisa do apoio de pelo menos 308 dos 513 deputados federais.

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