PEDRO PAULO ‘POLITICAMENTE CORRETO TÁ UM SACO’
Candidato a prefeito do Rio no ano passado, o deputado federal Pedro Paulo (PMDB) foi um dos poucos políticos a botarem o pé na Sapucaí. Abraçado à atual companheira, Tatiana Infante, ele –que passou a campanha eleitoral respondendo ao fato de ter agredido a ex-mulher— falou à coluna enquanto saía de um camarote. Muitos políticos sumiram da Sapucaí.
Inclusive o prefeito, né? Ele [Crivella] tinha que vir aqui. Carnaval é muito mais que religião. É a maior expressão cultural nossa. É como se você convidasse alguém para uma festa e não aparecesse. Os políticos estão com medo de vaias?
Os políticos estão mais comedidos, né? Em geral a vaia se concentra no prefeito, no governador. Para deputados, políticos de menos expressão, não tem tanto. A vida está um pouco mais chata, né? Com essa coisa de exposição, de você estar num camarote, de quem, convidado por quem. Tem um patrulhamento. Como avalia Crivella?
Os governos quando começam têm a grande chance de surpreender positivamente. Por exemplo, o [João] Doria está fazendo muito. O Crivella não se preparou. Está muito perdido ainda. O que o sr. teria feito diferente? Algumas letras são consideradas machistas.
É, mas tem toda uma história do samba que se você trouxer para o tempo presente você não vai cantar mais nenhum desses sambas. Tem que analisar pelo contexto histórico da época, senão você mata culturalmente linguagens como o samba. O que o sr. acha do politicamente correto?
Eu acho que tá um saco. Eu acho que tá muito chato, muito chato. Essa pós-verdade que a gente está vivendo...