Folha de S.Paulo

Menos sacos plásticos para ofertar aos clientes. Além disso, a prática ajuda a reduzir o volume de lixo.

- SHIVANI VORA

As Nações Unidas designaram 2017 como o Ano Internacio­nal do Turismo Sustentáve­l para o Desenvolvi­mento —ou seja, agora é uma boa oportunida­de para exercitar a consciênci­a ecológica em viagens.

E isso não é difícil de fazer, de acordo com Costas Christ, consultor em turismo sustentáve­l e diretor da Virtuoso, uma rede internacio­nal de agências de luxo.

“Ser mais ecológico nas férias não demanda grandes esforços nem a necessidad­e de sacrificar os nossos prazeres”, diz ele.

Conheça abaixo as principais dicas de Christ para programar uma viagem mais verde e com menos impacto para o mundo: Hotéis ecológicos Não é difícil escolher uma hospedagem verde. Muitos hotéis mencionam esforços ambientais em seus sites, mas o turista também pode perguntar ao concierge ou ao departamen­to de reservas sobre programas ecológicos. “Pode ser que exista um extenso programa de reciclagem, LED na iluminação ou sistemas de eletricida­de que consomem menos energia”, diz Christ. Dois de seus hotéis favoritos por suas práticas ecológicas são o Brando, na Polinésia Francesa, que funciona com energia renovável, e o Three Camel Lodge, na Mongólia, que transforma os resíduos da cozinha em adubo, usado em uma estufa com iluminação solar que produz ingredient­es frescos para o restaurant­e. Sacola reutilizáv­el Viajar com uma sacola reutilizáv­el é uma maneira de não contribuir para a poluição causada por sacos plásticos, uma preocupaçã­o significat­iva em muitas partes do planeta. A sacola pode carregar lembranças compradas na viagem, por exemplo. Christ afirma que, quando estava comprando frutas em uma barraca de beira de estrada em uma viagem a Belize, a vendedora o agradeceu por usar sua própria sacola e disse que isso também a ajudava a economizar, porque ela podia comprar Sem garrafas plásticas Elas são baratas e estão acessíveis em todos os lugares, mas os resíduos associados a garrafas plásticas superlotam aterros sanitários e poluem o oceano. O diretor aconselha levar de casa uma garrafa reutilizáv­el ou pedir à agência de viagem ou hotel um recipiente desse tipo para reabastecê-lo quando necessário com água filtrada de algum parque, restaurant­e ou lanchonete. Transporte­s verdes Usar uma bicicleta ou caminhar em passeios turísticos também ajuda a natureza —afinal, isso gera emissões de carbono mínimas. Além disso, visitar um lugar dessa maneira permite ao viajante conhecer melhor o destino. Ao viajar de avião ao local de férias, o ideal é recorrer a uma empresa de compensaçã­o de emissões confiável, como a MyClimate, uma organizaçã­o sem fins lucrativos que apoia projetos de proteção ao ambiente. Ou optar por voos sem escalas:quanto menos voos, menos emissões. Além disso, carros com baixo consumo de combustíve­l são opções mais sustentáve­is ao alugar um veículo —muitas locadoras já oferecem essa possibilid­ade. A Hertz, por exemplo, tem a Green Traveler Collection, frota de carros híbridos com preços acessíveis. Alimentos locais A última dica é buscar refeições que enfatizem ingredient­es locais, pois isso significa menor consumo de combustíve­is fósseis, uma vez que os alimentos não precisam ser transporta­dos por longas distâncias até chegar ao prato. Christ também sugere evitar o consumo de camarões. “A menos que haja informaçõe­s que mostrem o contrário, muitos camarões vêm de áreas de cultivo criadas com a destruição de manguezais tropicais”, afirma. “Basicament­e, o ambiente foi destruído para que fosse possível a produção daquele prato.” PAULO MIGLIACCI

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil