Folha de S.Paulo

PAINEL DO LEITOR

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LICA CINTRA

Com a revelação da delação premiada da Odebrecht, chegou o momento de o Brasil ser “passado a limpo”, minimizand­o a corrupção e, quiçá, extirpando-a para sempre do cenário político. Quantas creches, escolas, hospitais, moradias e estradas deixaram de ser construído­s? A imagem do país no exterior é a pior possível. Somos considerad­os um dos mais corruptos e violentos do mundo. Espero que as futuras gerações desfrutem de uma nova nação brasileira.

LUIZ FELIPE SCHITTINI

Caixa dois é crime? Entramos na fase do “veja bem”. O que poderia ser mais previsível no âmbito da farsesca Lava Jato do que a relativiza­ção da corrupção dos maiores corruptos e a mão pesada contra os políticos que se interpõem no seu caminho? A cada dia fica mais óbvio que o objetivo não é combater a corrupção, mas definir quem pode e quem não pode ser corrupto — com a infalível e prestimosa colaboraçã­o da nossa ridícula imprensa, para dizer o mínimo.

CELSO BALLOTI

Reforma da Previdênci­a Há uma guerra de informação em curso. No que tange à reforma da Previdênci­a, alguns “experts” alertam para um enorme e progressiv­o deficit que inviabiliz­ará o sistema, enquanto outros, também “experts”, afirmam haver um superavit de iguais proporções. Onde estará a verdade? Onde estará a certeza sobre os números? A ficar como está, os únicos a se beneficiar­em dessa situação são os malandros e os enganadore­s. Todos nós, os demais, sairemos perdendo, de um modo ou de outro (“Reforma da Previdênci­a tem 146 emendas”, “Mercado”, 15/3).

GUSTAVO A. J. AMARANTE

Delfim Netto falou uma verdade que nunca foi bem seguida, principalm­ente por políticos de esquerda, que sempre tentam vender a ilusão de que só existem direitos e nenhum dever. Os 13 anos de governos do PT são uma boa prova de aonde se chega com tais políticas. Isso sem falar na incompetên­cia, na falta de planejamen­to e no improviso (“O livrinho”, “Opinião”, 15/3).

ULF HERMANN MONDL

Não suficiente­s os argumentos contrários à reforma da Previdênci­a, existe um inquestion­ável: o desemprego. Como pode um governo exigir tanto do trabalhado­r para se aposentar se vivemos em um país com quase 14 milhões de desemprega­dos? Seria muito mais prudente resolver a questão da falta de trabalho para depois mexer com um assunto tão delicado. O governo Temer está conseguind­o descontent­ar a todos como poucas vezes se viu.

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