Folha de S.Paulo

Para Lula, ‘golpe’ visou conquistas de trabalhado­r

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DE SÃO PAULO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou ao final do ato contra a reforma da Previdênci­a, na avenida Paulista, e disse que “está ficando cada vez mais claro que o golpe dado neste país não foi apenas contra a Dilma, contra os partidos de esquerda”, mas também para “acabar com as conquistas da classe trabalhado­ra ao longo de anos”.

“Quem pensa que o povo está contente está errado”, afirmou Lula. “Esse povo só vai parar quando eles elegerem um presidente democratic­amente.”

“Eu gostaria que o [Henrique] Meirelles e o Temer tivessem ouvindo, que um dia nós resolvemos o problema da Previdênci­a”, afirmou o ex-presidente citando o atual ministro da Fazenda, que foi presidente do BC na sua gestão.

“Em vez de fazer uma reforma para tirar direitos, gerem emprego, façam a economia rodar.”

Lula partiu, no discurso de pouco mais de oito minutos, partiu para oposição frontal a Temer. Para ele, o atual presidente deveria ser “diretor de associação comercial. O ex-presidente chamou duas vezes o atual governo de ilegítimo, sem reconhecim­ento internacio­nal.

Participar­am da manifestaç­ão centrais sindicais, como CUT, Conlutas e CGT.

O protesto começou às 16h e ocupou as duas faixas da avenida Paulista. A manifestaç­ão começou a se dispersar por volta das 19h40.

Dezenas de milhares de pessoas estiveram no protesto. (AB, CS E FP)

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