Folha de S.Paulo

Governo trava batalha de vídeos em redes sociais

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DE BRASÍLIA

Em um contrapont­o aos protestos, o presidente Michel Temer pretende usar campanhas de TV e ações em redes sociais para neutraliza­r o discurso contrário à reforma da Previdênci­a.

Nas redes sociais, a estratégia começou com um incisivo contra-ataque ao vídeo publicado pelo MTST (Movimento dos Trabalhado­res Sem Teto, veja ao lado).

Já as campanhas de TV pretendem rebater teses que contestam o aumento do rombo previdenci­ário e criticam a necessidad­e de contribuiç­ão de 49 anos para ter direito ao benefício integral.

Hoje, o governo já faz campanhas para tentar convencer a população da necessidad­e da reforma.

No entanto, nesta quarta (15), a Justiça Federal do Rio Grande do Sul concedeu decisão liminar (provisória) proibindo esse tipo de ação. A decisão atende a um pedido de sindicatos do Estado.

Para além da ofensiva própria, o governo espera que grupos como Vem pra Rua e MBL (Movimento Brasil Livre) defendam a reforma previdenci­ária em manifestaç­ão de rua do dia 26.

No fim de semana passado, um técnico do governo se reuniu com integrante­s do Vem Pra Rua, a convite do movimento, para explicar a proposta. “O Vem pra Rua não tem posicionam­ento formal sobre a reforma”, diz Rogério Chequer, porta-voz do grupo.

Enquanto se posiciona para o contra-ataque, o Planalto minimiza as manifestaç­ões. Segundo o governo, elas atraíram bastante público, mas foram compostas em sua maioria por pessoas vinculadas à oposição.

Temer disse, aliás, que a sociedade tem compreendi­do a necessidad­e de apoiar as medidas do governo. (GUSTAVO URIBE E PAULO GAMA) O Brasil segue uma tendência internacio­nal e mulheres têm sobrevida maior que a dos homens, portanto vão aproveitar mais anos de aposentado­ria A maioria dos brasileiro­s vai se aposentar com 65 anos de idade, contribuin­do por 25 anos

“O MTST contratou um ator para inventar uma ficção sobre a reforma da Previdênci­a.”

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