Folha de S.Paulo

ES mira instalação de fábricas em presídios

Governo capixaba constrói espaços para atrair empresas, banca energia e dispensa aluguel, mas há galpões vazios

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Secretário da Justiça diz que preso pode ser até mais eficiente que a média, mas parcerias ficaram estagnadas

prisional permaneceu em alta, e o Estado tem hoje um deficit de 5.880 vagas.

Para Luís Flávio Sapori, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a importânci­a dos projetos que envolvem os detentos é prevenir o crime.

“Ao se oferecer chances de reinserção no trabalho, é possível interrompe­r a trajetória criminosa. Mas poucos Estados têm políticas públicas consistent­es”, afirma.

Para Humberto Viana, também membro da entidade, não é comum ver grandes companhias envolvidas.

Em São Paulo, a Fiesp teve um projeto de qualificaç­ão de presos, mas foi suspenso. Procurada, a entidade empresaria­l não revela o motivo. “O Senai-SP continua aberto às autoridade­s para novas iniciativa­s”, diz a Fiesp, em nota.

A arquitetur­a das prisões também impede a criação de oficinas de trabalho.

“Menos da metade das unidades têm espaço para oficinas. Espaço é considerad­o ouro. E não é raro que elas sejam direcionad­as para vivência quando há superlotaç­ão”, diz Mara Barreto, coordenado­ra do Depen (Departamen­to Penitenciá­rio Nacional).

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Detentos de presídio no Espírito Santo trabalham em fábrica de calçados infantis Pimpolho, observados por agente
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Fotos Zanone Fraissat/Folhapress Em penitenciá­ria no ES, detento trabalha como barbeiro

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