Depois de ir a Lua, ex-astronauta Buzz Aldrin quer colonizar Marte
‘Ou exploramos ou expiramos’, disse ele, que lançou vídeo de realidade virtual com projeto
Em festival nos EUA, Aldrin disse que seu objetivo é ‘expandir a raça humana, e Marte é o lugar certo para isso’
O engenheiro e ex-astronauta, que é também doutor em astronáutica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), passou o dia no SXSW com uma camiseta com o logo da Nasa em vermelho e a frase “Get your ass to Mars” (literalmente “leve sua bunda a Marte”), do filme “O Vingador do Futuro” (2012).
A corrida por Marte vem se intensificando na última década e conta com empresas privadas e agências estatais. Aldrin disse que conversou com Elon Musk, dono e projetista da Space X e da Tesla.
No ano passado, Musk anunciou o plano promover a colonização de Marte. E disse que uma passagem para o planeta vermelho teria de custar pelo menos US$ 200 mil. para viabilizar o plano.
Mas Aldrin parece não estar convencido dos planos do bilionário. “Sabemos como chegar lá. Mas ele é um cara do transporte, não da habitação. Sabe fazer foguetes, não prédios”, disse Aldrin.
Já o projeto Journey to Mars, da Nasa, está congelado. A ideia era mandar uma missão tripulada ao planeta por volta de 2030, mas os projetos espaciais americanos parecem bem interessados em reavivar a exploração lunar. BRASIL EM MARTE Dois brasileiros que moram em Los Angeles, sede da maioria das firmas de realidade virtual, se envolveram no projeto.
O brasileiro Danilo Moura, especialista em realidade virtual e games, foi produtor executivo do vídeo e contou com ajuda de cientistas da Nasa.
“De um arquivo de 11 mil fotos, separamos 600 só de pegadas na Lua e 400 da bandeira americana. Produzimos tudo, incluindo as crateras, com a maior precisão possível”, contou Moura, cofundador da Loot, parceira da 8i.
Já o programador Guilherme Rambelli, especialista em hologramas da 8i, assinou a direção de arte.
Para fazer o terreno de Marte em realidade virtual, a equipe mandou um fotógrafo para um deserto no Marrocos, que costuma ser utilizado pela Nasa como simulação do terreno marciano.
“Ele passou 12 horas dirigindo, chegando até a se perder, para escanear a paisagem”, contou Rambelli. (FE)