Folha de S.Paulo

Para conseguir apoio ao seu plano, Aldrin demonstrou recentemen­te simpatia ao governo de Donald Trump, que

- FERNANDA EZABELLA

“Ou exploramos, ou expiramos.” O aviso vem de Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na Lua, que agora quer deixar sua marca com um ambicioso plano para chegarmos a Marte e fazer do planeta vermelho nossa colônia espacial.

Para atrair os terráqueos para esta aventura intergalác­tica, Aldrin virou um holograma num vídeo de realidade virtual no qual nos leva para passear universo afora.

“Não quero ser lembrado apenas por ter chutado poeira lunar”, disse Aldrin, 87, num painel lotado no festival South by Southwest (SXSW), que acontece até domingo em Austin, capital do Texas (EUA).

“Espero que a colonizaçã­o de Marte seja um dia uma ideia aceita nacionalme­nte. Nosso objetivo é expandir a raça humana, e Marte é o lugar mais certo para fazermos isto. A Lua, para citar eu mesmo, é um lugar desolador.”

Seu plano envolve construir uma espaçonave que viajaria em ciclos orbitais e uma colonizaçã­o prévia na Lua para servir de aclimataçã­o, plataforma de lançamento e abastecime­nto para jornadas mais longas, como Marte.

No vídeo de realidade virtual “Buzz Aldrin’s Cycling Pathways to Mars”, ele aparece em hologramas para explicar o plano em detalhes, mas o visual é tão extraordin­ário que o usuário pode facilmente perder o fio da meada.

O vídeo, feito em parceria com a revista ‘Time” e a empresa i8, será distribuíd­o em plataforma­s de realidade virtual para aparelhos HTC Vive e Oculus Rift (leia ao lado).

Aldrin parece tão aficionado com a ideia de ir a Marte que acaba de lançar um livro infantil sobre o assunto, chamado “Welcome to Mars: Making a Home in the Red Planet” (Bem-vindo a Marte : construind­o um lar no planeta vermelho, em tradução livre) —possivelme­nte com o objetivo de já convencer os pequenos sobre seus planos. TRUMP E MUSK prometeu reduzir gastos da Nasa para pesquisas de aqueciment­o global e aumentar para programas de exploração espacial. Ao ser questionad­o, Aldrin foi diplomátic­o.

“Não me envolvo em política, não sou comentaris­ta. Quem quer que esteja na Casa Branca precisa ser meu amigo. Quero trabalhar com quem quer que seja”, disse Aldrin à Folha, em conversa com jornalista­s em seu quarto de hotel.

De calça jeans e com uma jaqueta prateada, Aldrin usava três pulseiras em cada braço e cinco anéis dourados, além de abotoadura­s com a bandeira dos EUA.

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