Folha de S.Paulo

Reforma tem 131 emendas validadas

- PREVIDÊNCI­A NICOLA PAMPLONA

A proposta de reforma da Previdênci­a de Michel Temer recebeu 164 emendas na comissão que analisa o texto na Câmara, das quais 131 foram validadas. As outras 33 emendas não alcançaram as 171 assinatura­s necessária­s. O prazo para protocolar as sugestões de mudança havia terminado na terça-feira (14), com 146 emendas apresentad­as, mas o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ampliou o prazo até esta sexta (17). As propostas de alteração apresentad­as inclusive por parlamenta­res da base alteram pontos cruciais da reforma, como a idade mínima e a regra de transição.

DO RIO

Dezoito meses após o último reajuste, a Petrobras anunciou nesta sexta (17) aumento no preço do gás de botijão para uso residencia­l. Em média, a alta será de 9,8% e começa a vigorar na terça (21).

De acordo com a estatal, se o repasse for integral, o preço do produto para o consumidor subirá 3,1%, ou R$ 1,76 por botijão. Segundo a ANP, o preço médio do botijão nesta semana foi R$ 55,40.

As distribuid­oras chamam o cálculo de “especulati­vo” e dizem que não é possível prever o repasse, já que o mercado é livre.

O reajuste vale apenas para o gás vendido em botijões de 13 quilos, mais usados por residência­s. O gás vendido em vasilhames maiores e o a granel para indústrias não terão aumento.

O reajuste anterior ocorreu em agosto de 2015. Na ocasião, a alta foi de 15%. Foi primeiro aumento no preço do combustíve­l desde 2002. 13 ANOS CONGELADO Entre 2002 e 2015, o preço do gás vendido em botijões de 13 quilos permaneceu congelado, como parte de uma política iniciada ainda no governo FHC, após críticas do então candidato à Presidênci­a José Serra sobre o impacto negativo de sucessivos reajustes em sua campanha.

Desde então, a Petrobras passou a praticar preços diferentes para o produto mais popular, que é vendido em botijão de 13 quilos, e os outros mercados, que são atendidos em botijões maiores ou com vendas a granel.

O gás liquefeito de petróleo (GLP, nome técnico do combustíve­l) vendido para a indústria teve seu último reajuste em dezembro.

As distribuid­oras creem em uma estratégia de reduzir a diferença de preços entre o gás vendido para residência­s e o produto para a indústria.

Por isso, esperam novos aumentos no primeiro caso e reduções no segundo, informou o Sindicato Nacional das Distribuid­oras de GLP (Sindigás).

Entre 2003 e o reajuste anunciado nesta sexta, o preço do GLP para botijões de 13 quilos subiu 16,5% na refinaria. Na revenda, a alta foi de 88% entre janeiro de 2003 e esta semana, segundo dados da ANP. No período, a inflação foi de 135,80%.

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