Folha de S.Paulo

UE pede ajustes a empresas de internet

- PAULO PASSOS TECNOLOGIA

O presidente da Netflix, Reed Hastings, afirmou que a empresa não aumentará o custo do pacote mensal no Brasil, apesar da cobrança de 2% de ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), sancionado pelo presidente Michel Temer em dezembro.

Uma lei complement­ar de 2016 incluiu serviços de transmissã­o on-line de áudio e vídeo, como Netflix e Spotify, entre aqueles que podem ser taxados com ISS.

Durante evento na sede da Netflix, em Los Gatos, na Califórnia, Hastings disse que a taxa não será repassada ao consumidor, que paga a partir de R$ 19,90 pelo pacote.

O fundador da empresa ironizou o sistema tributário brasileiro.

“Qual das taxas? Existem muitas taxas no Brasil (risos)”, afirmou ao ouvir a pergunta sobre a cobrança de ISS para serviços de streaming.

“Vamos pagar [o ISS], não será repassado aos nosso clientes. Estamos no Brasil há cinco anos e pagamos os tributos. Faremos o mesmo. Não haverá aumento na mensalidad­e”, completou. A LEI Sancionada no fim de 2016, a lei 157/16 diz que serão sujeitos à cobrança do imposto serviços de “processame­nto, armazename­nto ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos, páginas eletrônica­s, aplicativo­s e sistemas de informação, entre outros formatos, e congêneres”.

A elaboração de programas de computador­es, “inclusive de jogos eletrônico­s, também passa a ser taxada, assim como a disponibil­ização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet”, diz o texto da lei. Livros, jornais e periódicos seguem isentos do tributo.

A alíquota mínima do im- posto foi estipulada em 2%. A cobrança segue a regra de considerar que o imposto é devido ao município onde está a sede do prestador de serviços.

A Netflix chegou ao Brasil em 2011. A empresa tem mais de 81 milhões de assinantes em mais de 190 países.

A companhia não divulga dados sobre o número de assinantes no país.

PAULO PASSOS Facebook, Alphabet (Google) e Twitter terão de ajustar os termos de serviços para usuários europeus dentro de um mês ou enfrentar o risco de multas, informou nesta sexta (17) uma autoridade da Comissão Europeia. As empresas norteameri­canas de tecnologia têm enfrentado rigoroso escrutínio na Europa pelo modo como fazem negócios, envolvendo desde questões de privacidad­e a quão rapidament­e removem conteúdo ilegal ou ameaças. Em dezembro, as autoridade­s e a comissão enviaram cartas às empresas dizendo que termos de serviço descumpria­m o lei de proteção ao consumidor.

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