Batalha para aprovar juiz de Trump à Suprema Corte começa no Senado
Sabatinas do conservador Neil Gorsuch serão teste para presidente, republicanos e democratas
Partido do presidente tem maioria no Senado, mas democratas podem manobrar a fim de dificultar confirmação
O processo de confirmação no Senado do juiz Neil Gorsuch para a Suprema Corte, que tem início nesta segunda (20), no Comitê de Justiça da Casa, será um desafio não apenas para o magistrado, mas também um importante teste para Donald Trump, os republicanos e até para a oposição democrata.
O presidente, que indicou o juiz conservador no fim de janeiro, precisará dele para ter alguma chance de vitória, caso cheguem à mais alta Corte do país processos contestando suas ordens executivas —como o decreto que barra a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana, suspenso por dois juízes federais.
Para os republicanos, o desafio é ter que recorrer a uma mudança de regras para confirmar Gorsuch mesmo tendo maioria no Senado —52 de 100 cadeiras.
Isso porque os democratas podem tentar bloquear a votação no plenário com o “filibuster”, manobra para trancar a pauta que só pode ser derrubada com 60 votos.
Se não conseguirem o apoio de pelo menos oito democratas ou independentes para isso, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, terá que recorrer à chamada “opção nuclear” —à qual ele já se opôs publicamente—, que muda a regra para que 51 votos possam encerrar o “filibuster”. Assim, a confirmação do nome de Gorsuch exigiria apenas maioria simples.
No caso dos democratas, a pressão vem, principalmente, de grupos de ativistas em defesa dos direitos das mulheres, que retaliariam qualquer apoio de senadores da oposição ao nome de Gor-