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A Netflix parece ter descoberto agora o que você certamente já sabia. A líder em streaming de vídeos no Brasil e no mundo chegou à conclusão de que seu sistema de recomendaç­ões de filmes e séries para clientes é falho e prepara mudanças para abril.

Prometendo tornar as sugestões mais eficientes, a empresa vai extinguir a classifica­ção por estrelas, de zero a cinco. Os usuários agora serão chamados a “curtir” ou “descurtir” recomendaç­ões de filmes e séries e também produções que já tenha visto.

Com a mudança na avaliação, a Netflix também adotará uma nota de recomendaç­ão. Ao ver o perfil de um filme ou série, o sistema indicará ao cliente a chance em valores percentuai­s de ele gostar do conteúdo. Quando o algoritmo apontar menos de 55% de chance, o valor não será exibido ao usuário.

Segundo Todd Yellin, vicepresid­ente de produtos e inovação do Netflix, “a avaliação por estrelas virou algo de ontem, do passado”. “O polegar para cima e o polegar para baixo é a linguagem global da internet”, conclui.

Como já acontece com as estrelas, as curtidas e descurtida­s serão usadas para a obtenção do algoritmo —expressão matemática que orienta a resolução de problemas— que seleciona as recomendaç­ões aos clientes. Critérios como buscas feitas e vídeos já vistos também serão levados em consideraç­ão.

Segundo Yellin, a avaliação de estrelas é falha, “pois muitas vezes o usuário aponta o que acha ser legal avaliar, mas não necessaria­mente o que assistir. Ele pode não dar uma boa avaliação para um filme do Adam Sandler [ator americano especialis­ta em comédias], mas ter interesse em vê-lo, por exemplo”.

O executivo admite que a Netflix se “inspirou” na ferramenta de curtir já usada pelo Facebook. “Somos como um site de relacionam­ento. Ao invés de buscar o amor entre as pessoas, buscamos entre pessoas e conteúdo que elas vão amar”, afirma Yellin. MISTÉRIO Criticada pelos usuários pela ineficiênc­ia nas recomendaç­ões, a Netflix descartou mudar sua política de obtenção de dados dos clientes. A empresa diz que continuará não pedindo detalhes nos cadastros de novos usuários.

“Não é importante para nós saber onde ele mora, qual o seu gênero ou idade. Isso não indica seus gostos”, afirma Reed Hastings, presidente da empresa.

Ele diz que manterá também a prática de não revelar informaçõe­s sobre dados de audiência e preferênci­a dos seus conteúdos.

“Não temos anúncios, não precisamos mostrar esses números”, diz Hastings.

A companhia não divulga dados sobre o número de assinantes no Brasil.

Segundo a agência Bloomberg, são 4,5 milhões de usuários do serviço no país, perto de 10% do total no mundo e só abaixo dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A empresa tem mais de 81 milhões de assinantes em mais de 190 países.

No mesmo domingo (19) ele estreou visual

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Manu Fernandez - 28.fev.17/Associated Press Reed Hastings, presidente da Netflix; empresa mudará forma de recomendar produções
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Reprodução/Instagram

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