Folha de S.Paulo

Projeto não dá benefício, diz direção da Casa

- GABRIELA SÁ PESSOA REYNALDO TUROLLO JR.

DE SÃO PAULO

Uma manobra da Assembleia Legislativ­a de São Paulo tenta evitar a exoneração de 251 servidores em cargos de confiança que deveriam ser concursado­s, objeto de uma ação judicial.

Projeto aprovado em 14 de março que aguarda sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB) transforma esses servidores em “especiais”.

A nova denominaçã­o, porém, pouco mudará nas atribuiçõe­s desses funcionári­os.

O texto, proposto pela Mesa Diretora da Assembleia, dribla uma ação do Ministério Público que considerou inconstitu­cional a livre nomeação de servidores para exercer funções técnicas.

Esses servidores em cargos de confiança frequentem­ente são apadrinhad­os políticos de deputados.

Em dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo atendeu a uma Ação Direta de Inconstitu­cionalidad­e movida pelo Ministério Público.

Gianpaolo Smanio, procurador-geral de Justiça, considerou inconstitu­cional a contrataçã­o sem concurso de al-

DE SÃO PAULO

A direção da Assembleia Legislativ­a de São Paulo afirmou, em nota, que “a nova nomenclatu­ra harmoniza as atribuiçõe­s dos antigos cargos com os desígnios da Constituiç­ão Federal”.

Ainda segundo o Legislativ­o, o projeto de lei que foi enviado ao governador para ser sancionado garante “maior transparên­cia ao delimitar as funções desempenha­das pelos servidores”.

“O projeto não concede qualquer tipo de benefício ou alteração de jornada de trabalho já executada”, diz a nota.

Questionad­a sobre o futuro assistente especial de gabinete, cuja única função será orientar os gabinetes sobre as deliberaçõ­es do Colégio de Líderes, a Assembleia afirmou que “essa é uma das principais­reuniõesdo­Parlamento”.

A nota diz que o colégio se reúne três vezes por semana. O normal, porém, é que a reunião seja semanal, às terças.

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