Folha de S.Paulo

Novos contratos de energia livre perdem força

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Desacelera­ram as negociaçõe­s de compra de energia no mercado livre, em que grandes consumidor­es escolhem de quem comprar e fixa-se um preço do fornecimen­to por anos.

Durante o ano passado, houve recordes na variação de um mês para o outro.

Em dezembro de 2016 e janeiro deste ano, os últimos com dados consolidad­os, a alta foi de 1,6% —contra uma média de 7,8% nos seis meses anteriores, segundo a CCEE.

A quantidade de negócios fechados cresce a uma velocidade menor porque a migração do mercado tarifado diminuiu, afirma Cristopher Vlavianos, presidente da Co-

Contratos de energia no mercado livre

merc, uma comerciali­zadora de energia desse segmento.

“Durante 2016, houve um acréscimo grande de novos clientes, mas isso caiu. Com 6,38 1,60 1,66 menos entrantes, há menos negócios feitos, porque os contratos têm prazos que variam de 3 e 5 anos.”

O preço de liquidação de diferenças, que serve como parâmetro para o mercado de energia livre, subiu no ano passado —no Sudeste, ele era R$ 52 na primeira semana de 2016 e R$ 114 na última.

Essa alta desestimul­a a migração, segundo Vlavianos.

As empresas que entraram no sistema nos últimos meses são, na sua maioria, clientes especiais, que não têm consumo tão elevado como as fábricas, diz Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel (associação do segmento).

Em volume de energia, nota-se desacelera­ção causada pelo freio na indústria. “Esse consumidor caiu barbaramen­te. Se eles se recuperare­m, as vendas aumentarão.”

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Cristopher Vlavianos, presidente da comerciali­zadora de energia

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